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Os ex-invasores que estão acampados na calçada do terreno de 170 mil m2, no bairro Fazendinha, recorreram à Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Curitiba para tentar resolver a situação das 200 famílias – cerca de 600 pessoas - que não tem para onde ir após a reintegração de posse do terreno ocorrida na quinta-feira (23). Na quarta-feira (30), representantes dos sem-teto relataram todo o processo de desocupação e despejo aos vereadores. Eles denunciaram envolvimento de proprietários na invasão do terreno, uso eleitoral, com participação de candidatos a vereador, além da violência da polícia na ação. Pedidos de política habitacional também foram propostas.

De acordo com Maria das Graças Silva de Souza, coordenadora regional da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), que representa os moradores, os vereadores também são responsáveis em procurar uma solução para os sem-teto. "Fomos cobrar a omissão do poder público e a falta de uma política habitacional", diz. "Antes do despejo, as autoridades municipais já deveriam ter tomado providências em relação aos ocupantes."

Membro da Comissão da Câmara, o vereador Pedro Paulo Costa (PT) informou que as denúncias foram todas reunidas e um dossiê será montado para investigar as denúncias das entidades representativas dos sem-teto. "Vamos apurar o orçamento para as políticas de habitação e os verdadeiros interessados na ocupação e na reintegração do terreno", diz.

As famílias, que permanecem nas calçadas no entorno do terreno invadido, já foram notificadas pela prefeitura na terça-feira para deixar o local. A Procuradoria Geral do Município avalia os procedimentos legais que podem ser adotados em relação às famílias que ocupam espaço público na Rua João Dembinski. Segundo a prefeitura, assistentes sociais e educadores da Fundação de Ação Social (FAS), junto a Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Tutelar, estão prestando atendimentos às famílias.

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