Sem-teto e PMs entram em confronto em Recife
Integrantes de vários movimentos sociais fizeram um protesto próximo ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, em Recife. Na chegada ao local houve tumulto entre a Polícia Militar e os manifestantes. Pelo menos três PMs e quatro integrantes dos movimentos sociais ficaram feridos, e um manifestante foi detido. Líderes dos movimentos sociais estão à espera de uma audiência com o governador Eduardo Campos.
Um grupo de 50 integrantes da União Nacional por Moradia Popular (UNMP) fez uma passeata por ruas do Centro de Curitiba na manhã desta segunda-feira (1). Eles aproveitaram o Dia Mundial do Habitat e Dia Nacional da Reforma Urbana para reivindicar uma destinação imediata de prédios e terrenos privados e públicos vazios para projetos habitacionais. Segundo os manifestantes, Curitiba teria atualmente cinco mil imóveis nestas condições o que representaria 10% do total de imóveis da capital.
Os manifestantes partiram da Praça Santos Andrade por volta das 10 horas e a manifestação durou pouco mais de uma hora. Eles colaram simbolicamente adesivos com a inscrição "Interditado imóvel que não cumpre sua função social" em quatro prédios que seriam ociosos.
Estes edifícios estão localizados no número 860 da Rua Marechal Deodoro, que seria do governo estadual; na esquina da Rua Barão do Rio Branco com a Avenida Visconde de Guarapuava, pertencente ao município; além de dois imóveis particulares na esquina da Rua Afonso Camargo com a Rua José de Alencar e na esquina da Rua Presidente Faria com a Rua Alfredo Bufren.
Os manifestantes são pessoas que moram de favor ou de aluguel. "Estamos reivindicando o direito de moradia para todos", afirma a coordenadora nacional da UNMP, Maria das Graças Silva de Souza. Segundo ela, a manifestação também acontece em outros estados do país. "Tive notícia de que hoje (segunda-feira) invadiram um prédio do INSS em São Paulo", relata.
Maria das Graças afirma que existe a possibilidade de uma invasão em Curitiba nos próximos dias. "Demos uma chance ao governo de entender a situação, mas uma ocupação não está descartada. Estamos no aguardo da Companhia de Habitação para negociar. Vamos protocolar o pedido amanhã (terça-feira 2) e dar um prazo de uma semana", adianta a coordenadora.
De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo, não existem prédios públicos desocupados em Curitiba. Nem a secretaria, a Companhia de Habitação Popular (Cohab) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) souberam informar o número total de terrenos e edifícios vazios na capital.
Déficit habitacional no Paraná
De acordo com a Companhia de Habitação do Paraná, o déficit habitacional no estado é de 260.648 moradias, 229.069 na área urbana e 31.579 na zona rural. A falta de residência atinge em cheio as famílias de baixa renda. Cerca de 85,4% dos que procuram moradia têm renda mensal de até três salários mínimos.
A maior parcela do déficit habitacional (53,8%) é formada por pessoas que dividem a residência com outras famílias. Os outros motivos são o alto custo do aluguel (25,2%); habitação precária (19,6%), como nas favelas e reposição por depreciação (1,4%).
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