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Alguns investigadores da Polícia Civil antes escalados para a nova etapa no litoral, programada para começar nesta sexta-feira (23), foram comunicados de que a viagem foi cancelada | Arquivo/Aniele Nascimento/Gazeta do ovo
Alguns investigadores da Polícia Civil antes escalados para a nova etapa no litoral, programada para começar nesta sexta-feira (23), foram comunicados de que a viagem foi cancelada| Foto: Arquivo/Aniele Nascimento/Gazeta do ovo

A crise financeira no Estado chegou ao litoral do Paraná e pode atingir em cheio a continuidade da participação da Polícia Civil na Operação Verão da Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Fontes ouvidas pelo JL afirmam que a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Serviços de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) e o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) devem abandonar a operação.

O JL apurou que alguns investigadores antes escalados para a nova etapa no litoral, programada para começar nesta sexta-feira (23), foram comunicados de que a viagem foi cancelada. O suposto motivo: a falta de verbas para pagamento das diárias.

A delegada titular do Sicride, Iara Laurek Dechiche, confirmou a suspensão dos trabalhos na operação: "Recebemos a ordem para a gente não ir mais a partir de amanhã". As equipes do Nucria, que trabalham em parceria com o Sicride, também deixam a operação. Um outro investigador, que preferiu não ser identificado, completa: "tinha gente com casa alugada que teve que voltar".

O delegado Luiz Aberto Cartaxo, coordenador da Operação Verão, afirma que unidades especializadas podem ter redução no esforço concentrado: "A Operação Verão continua normalmente, mas estamos estudando como conter a descida de algumas unidades especializadas", resumiu.

Segundo a Sesp, a "descida" de policiais segue normal, havendo apenas trocas de efetivo – a primeira turma da Polícia Civil deixou o litoral entre segunda e terça-feira e novos policiais já estariam a caminho para recomposição dos efetivos, como planejado. A reportagem está tentando contato com o delegado-chefe da Polícia Civil, Julio Cezar dos Reis.

Sem diáriasPoliciais civis que foram ou ainda estão no litoral permanecem sem receber as diárias para a Operação Verão, destinadas ao pagamento de alimentação e hospedagem. Policiais militares e bombeiros aguardam o pagamento de diárias no valor de R$ 180.

Segundo apurou a Gazeta do Povo, só os valores devidos à PM e aos bombeiros passariam de R$ 145 mil. Alguns policiais estão sendo ameaçados de despejo nos locais onde se acomodaram, diante da falta de espaço nos batalhões e quartéis nas cidades litorâneas.

A Sesp informou ter autorizado a Secretaria de Estado da Fazenda a pagar as diárias atrasadas - pagamento que deve ser feito "nos próximos dias", segundo nota oficial. De acordo com o delegado Cartaxo, as diárias da Polícia Civil também não foram pagas para os policiais. "Devem ser depositadas na segunda-feira", disse.

OperaçãoA Operação Costa Leste começou em 19 de dezembro e está planejada para acabar em 22 de fevereiro, com um esforço concentrado de contingente em praias do Paraná, sobretudo nas cidades de Guaraqueçaba, Antonina, Morretes e Paranaguá.

Do interior, saíram 18 delegados de polícia, 35 escrivães, 98 investigadores, quatro policiais administrativos e três papiloscopistas - total de 158 policiais civis – para cidades litorâneas. Além disso, 20 viaturas caracterizadas e à paisana também deixaram o interior do Estado para o litoral. Já a operação Costa Leste – em municípios com balneários de água doce – concentra quatro delegados, quatro escrivães e 12 investigadores. Com a Polícia Militar, são mais de 3 mil agentes de segurança nas operações de verão.

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