Brasília A Advocacia-Geral do Senado analisa a representação encaminhada pelo PSol contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por suposto tráfico de influências na negociação feita pelo irmão dele, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), com a empresa Schincariol, e também por envolvimento com grilagem de terras em Alagoas.
Na terça-feira, a representação deverá ser tema da reunião da Mesa Diretora da Casa, comandada pelo senador Tião Viana (PT-AC), que é vice-presidente do Senado. "Convoquei os membros da Mesa para uma reunião na terça-feira, às 10 h. Antes disso, já encaminhei um pedido de parecer à Advocacia do Senado sobre a matéria", disse o petista. "Dei prazo até a segunda-feira, às 18 h, para o parecer estar pronto. Na terça-feira, teremos todos os elementos para tomar a decisão", afirmou Viana.
Na representação, o PSol pede ao Conselho de Ética do Senado que investigue Renan por supostamente beneficiar a empresa Schincariol em negociações com o INSS e também cobra apurações sobre denúncias de que ele teria grilado terras em Alagoas, ao lado do irmão.
Viana evitou opinar sobre o assunto. Segundo ele, é necessário aguardar o parecer da Advocacia. "Prefiro aguardar mais elementos de ordem jurídica e em termos de dados objetivos para poder tomar decisão e seguramente não estarei interferindo na opinião decisiva dos demais membros da Casa", afirmou.
Investigação
Por iniciativa do PSol, que encaminhou representação ao Conselho de Ética do Senado, Renan está sendo investigado pelo órgão.
O peemedebista é acusado de ter utilizado recursos da empresa Mendes Júnior, via lobista, para pagar despesas pessoais como pensão alimentícia e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.