O senador Osmar Dias não esconde que está "irritado" com a direção nacional do seu partido, o PDT. Os caciques nacionais do partido insistem na tese da candidatura própria à Presidência da República e isso inviabilizaria a candidatura do senador ao governo do estado.

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O projeto de Osmar Dias seria candidatar-se ao governo com apoio do PFL e do PSDB, mas para isso seria necessário que o PDT aderisse à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência, como prevê a Lei de Verticalização (Os partidos políticos têm que repetir nos estados as alianças que farão na eleição para presidente).

Outro complicador é que sem os apoios, o PDT no Paraná teria apenas 31 segundos de tempo na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que começa no segundo semestre.

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"Não descarto a minha candidatura, mas não enrolo ninguém. Conversei hoje com o prefeito Beto Richa, com o Severino do PSB, o Lupion e, para todos, disse que o partido é que vai definir minha situação", afirmou Dias em entrevista à Gazeta do Povo. "Se fosse minha a decisão, já tinha decidido pela candidatura com aliança com o PSDB e PFL, mas o meu partido tem 31 segundos na tevê. Fica difícil para a vida de um candidato."

Outro fator de irritação para o pedetista paranaense foi a confirmação de um debate eleitoral, em Curitiba, com os dois pré-candidatos do PDT à Presidência. "Isso me deixou um tanto irritado. Marcar um debate no Paraná conhecendo a minha posição que é contrária à candidatura própria... Se o partido tem uma decisão tomada, fico sem nenhuma possibilidade de aliança. Com isso, prefiro reavaliar a questão da candidatura", disse à Gazeta.

Ele afirma que, diante desse quadro, já avisou os partidos que se sintam à vontade para definir candidaturas. "Não quero ser acusado no futuro de ter atrapalhado a vida deles", disse. Em tratamento para curar uma flebite, inflamação na veia, o senador pedetista diz que espera estar curado até a definição sobre sua candidatura.