Um grupo de 22 senadores enviou um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pedindo autorização para visitar o ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, que está preso desde fevereiro deste ano.
Segundo a CNN Brasil, que teve acesso ao ofício, os senadores pedem a autorização “por razões humanitárias. A iniciativa, segundo a CNN, partiu do senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Procurados pela Gazeta do Povo, nesta segunda-feira (22), os senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Jorge Seif (PL-SC) confirmaram o pedido de autorização para a visita.
Seif evitou comentários sobre a prisão de Filipe Martins. Segundo parlamentar, “agora é hora de visitá-lo”.
De acordo com a CNN, assinaram o ofício os senadores Eduardo Girão (Novo), Plínio Valério (PSDB), Marcos Rogério (PL), Izalci (PL), Rosana Martinelli (PL), Cleitinho (Republicanos), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Flávio Azevedo (PL), Irineu Orth (PP), Hamilton Mourão (Republicanos), Marcos Pontes (PL), Zequinha Marinho (Podemos), Damares Alves (Republicanos), Mecias de Jesus (Republicanos), Jorge Seif (PL), Chico Rodrigues (PSB), Carlos Viana (Podemos), Flávio Bolsonaro (PL), Carlos Portinho (PL), Vanderlan Cardoso (PSD), Tereza Cristina (PP) e Jaime Bagattoli (PL).
A prisão
Filipe Martins foi preso pela Polícia Federal no dia 8 de fevereiro de 2024 por ordem do ministro Alexandre de Moraes no âmbito de uma operação que mirou aliados de Bolsonaro durante investigação dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Como vem mostrando a Gazeta do Povo, o caso empilha abusos contra o devido processo legal e se enquadra na definição clássica de prisão política.
Filipe está preso sem denúncia, mesmo com parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) favorável à sua soltura, e sob a alegação de ter feito uma viagem que nunca existiu.
A ordem de prisão emitida por Moraes usou como embasamento um arquivo desatualizado do Microsoft Word com uma lista de passageiros do voo presidencial de 30 de dezembro de 2022 para Orlando, nos EUA, em que supostamente constaria o nome do ex-assessor.
A defesa de Filipe já comprovou, mediante confirmação de companhia aérea, que ele não viajou com a comitiva de Bolsonaro para Orlando, mas ficou no Brasil e foi para Curitiba (PR), o que contraria a tese da Polícia Federal (PF) de que o ex-assessor havia planejado uma fuga.
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