Brasília Um dia após a divulgação da proposta do Orçamento da União para 2007, senadores sinalizaram que vão pressionar o governo por um reajuste maior do salário mínino, acima dos R$ 25 previstos pela União. Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Heráclito Fortes (PFL-PI) anunciaram, na tribuna do Senado, que pretendem brigar por um mínimo de R$ 400. A proposta do governo prevê R$ 375.
Paulo Paim, presidente da comissão mista que estuda soluções para a recuperação do salário mínimo, discordou do argumento de alguns economistas do governo que afirmam que um reajuste maior para o mínimo exigiria uma elevação ainda maior da carga tributária no país. "Este ano não será diferente. Se eu conheço bem a Casa e a Comissão do Orçamento, e com os debates que vamos fazer com a sociedade, o salário mínimo não ficará abaixo de R$ 400", previu Paim.
O senador Heráclito Fortes, um dos coordenadores da campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou que o valor defendido pelos senadores é uma dívida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os trabalhadores, porque era promessa de sua campanha em 2002 dobrar o mínimo. "O presidente já sai agora devendo isso para os trabalhadores", salientou Heráclito.