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Crime em Curitiba

Sentença de pronúncia do caso Louise Maeda deve sair em pelo menos 10 dias

A sentença de pronúncia, que vai definir se dois dos acusados dematar a universitária Louise Sayuri Maeda, em maio deste ano em Curitiba, serão submetidos a júri popular, será proferida em pelo menos dez dias. Como a audiência de instrução dos réusElvis de Souza, de 20 anos, e Márcia do Nascimento se prolongou até muito tarde, na noite de terça-feira, a juíza Cristine Lopes, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), optou por receber as alegações da defesa e acusação por escrito.

Segundo o advogado Gianfranco Petruzziello, assistente de acusação do Ministério Público (MP) no caso, tanto os interrogatórios quanto os depoimentos só reforçaram o que foi apurado durante a investigação policial. "A surpresa ficou por conta de uma suposta delação premiada que a Márcia fez no início da audiência, mas não passou muita credibilidade. Já o Elvis, que deu vários depoimentos na delegacia, preferiu ficar em silêncio", relata.

O advogado explicou que, como os depoimentos terminaram próximo da meia-noite, a juíza optou por pedir as alegações da acusação e defesa por escrito, concedendo um prazo de cinco dias para a entrega. Dessa forma, a acusação pode entregar o documento até a próxima segunda-feira (28). Depois disso, a defesa tem um novo prazo de cinco dias para enviar às alegações À juíza. Depois de confrontar os documentos com os depoimentos é que a juíza deve se pronunciar quanto ao júri popular.

Na opinião do advogado, a juíza deve ser favorável à realização do júri popular porque há indícios que comprovam a materialidade do crime.

Outra acusada

Uma terceira pessoa também é acusada de participação no crime, mas teve o processo desmembrado. A medida foi tomada para evitar uma manobra processual, já que a defesa de Fabiana Perpétua de Oliveira, de 20 anos, solicitou a realização de exames de sanidade mental, o que fez com que o processo contra essa ré ficasse suspenso.

Em seu despacho, a juíza Cristine Lopes alega que a ré, que já solicitou o exame de sanidade, "continua fazendo vários requerimentos nos autos visando à perturbação do bom andamento do feito". eEsse tipo de exame é muito demorado e o processo contra Fabiana fica suspenso até que o resultado dos laudos seja divulgado.

Caso

Em agosto, a Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra os acusados da morte de Louise. A promotora de Justiça Marilu Schnaider Paraná de Souza considerou que o crime de homicídio foi triplamente qualificado: teve motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e foi cometido para assegurar que outro crime (os furtos) ficasse impune.

De acordo com o inquérito do caso, o crime foi motivado por vingança e razão da universitária ter denunciado furtos que vinham ocorrendo no caixa da iogurteria onde trabalhava. O crime ocorreu em 31 de maio deste ano, por volta das 23h57, em uma ponte sobre o Rio Iguaçu, situada na Rua Pellanda, Bairro Campo do Santana, em Curitiba. Louise recebeu dois tiros, e, logo em seguida, seu corpo foi arremessado do alto da ponte.

O crime

Segundo as investigações, no início de maio, Louise descobriu uma série de irregularidades cometidas por Márcia, entre elas furtos, e sugeriu aos proprietários da empresa que demitissem a funcionária.

No dia 31 de maio, Louise e Fabiana deixaram juntas o Shopping Mueller, onde fica a iogurteria em que trabalhavam. Segundo a polícia, Márcia convenceu Fabiana a convidar a vítima para ir a um barzinho. Elas entraram em um Gol, onde Márcia e o outro acusado – as esperavam.

Eles seguiram até o bairro Campo de Santana, onde Márcia simulou passar mal. Fora do carro, Louise foi levada a um ponto isolado, onde foi executada.

Para auxiliar em um eventual júri popular, a polícia realizou, na noite do dia 15, a reconstituição dos fatos. O procedimento foi realizado com base no depoimento de cada um dos três acusados. O corpo foi encontrado no dia 17 de junho em uma cava do Rio Iguaçu, em Curitiba.

Márcia e Fabiana foram detidas na madrugada seguinte à confirmação da morte da universitária. Élvis se entregou à polícia somente no dia 23 de junho, mesma data em que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo de Louise foi cremado.

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