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Sepultamentos são suspensos em cemitério de São José dos Pinhais

Os sepultamentos no Cemitério Caminho do Céu, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, estão suspensos desde segunda-feira (22). O espaço é particular e há problemas com a documentação, de acordo com o secretário do Meio Ambiente de São José dos Pinhais, Gastão Vosgerau.

A 4ª Promotoria de Justiça de São José dos Pinhais do Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que investiga também denúncias de que corpos foram retirados de terrenos pagos no mesmo cemitério para que outros fossem enterrados. O secretário do Meio Ambiente Gastão Vosgerau afirmou que teve conhecimento dessa denúncia na segunda-feira (22) e que o caso será investigado.

Uma recomendação foi feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) à Secretaria Municipal do Meio Ambiente na sexta-feira (19) para que ninguém fosse enterrado no local até que a situação fosse regularizada. A solicitação chegou à prefeitura na segunda-feira.

Segundo Vosgerau, a prefeitura havia pedido que a administradora do cemitério, Imobiliária Jardim Ltda, enviasse alguns documentos e fizesse alterações na fachada e nos banheiros. Como as medidas não foram adotadas, uma notificação foi enviada e o prazo para a manifestação terminou no último domingo (21). "De qualquer forma, os sepultamentos seriam suspensos temporariamente. Foi uma coincidência com a recomendação do MP", disse o secretário.

Uma reunião entre representantes da prefeitura e do cemitério está marcada para a tarde desta terça-feira (23).

Vinte enterros, em média, são realizados por mês no Cemitério Caminho do Céu, de acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O local localiza-se na zona rural do bairro Borda do Campo. Existem outros oito cemitérios na cidade, de acordo com o site da prefeitura de São José dos Pinhais.

Outro lado

O proprietário da Imobiliária Jardim Ltda, Vitor Lemos, afirmou que não há problemas com a documentação do Cemitério Caminho do Céu e que a prefeitura de São José dos Pinhais expediu todas as autorizações necessárias ao funcionamento.

Sobre as denúncias do MP-PR, ele negou que tenha ocorrido alguma irregularidade. Segundo Lemos, alguns lotes são alugados para empresas de planos de luto. Segundo ele, nesse caso, o tempo do contrato é 3 anos. Passado esse período, a família teria de comprar o lote ou retirar a ossada do local. Se isso não ocorre, os restos mortais são retirados do túmulo e colocados no ossuário do cemitério.

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