Um serial killer foi preso na semana passada acusado de matar ao menos cinco mulheres no Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. O auxiliar de limpeza Eduardo Sebastião do Patrocínio, 42 anos, teria confessado que matou as vítimas estranguladas após não conseguir manter relações sexuais com elas.
Segundo a polícia, apenas duas vítimas foram identificadas. Todas eram usuárias de drogas ou prostitutas que, de acordo com o DHPP (departamento de homicídios), aceitaram ir até a casa do suspeito para ter relação sexual. Ele oferecia de R$ 10 a R$ 20 pelo programa.
De acordo com o delegado do DHPP, Itagiba Franco, ao não conseguir ereção, ele ficava nervoso e estrangulava as vítimas. Para a polícia, ele disse que tinha a disfunção sexual por ser usuário de crack.
Etiqueta
A polícia chegou até o suspeito após localizar, em 12 de janeiro, uma etiqueta de uma companhia aérea na mala usada por Patrocínio para esconder o corpo de uma das vítimas.
Por meio da etiqueta a polícia chegou até a dona da mala, que vive em um condomínio da Barra Funda (zona oeste de SP)."Ela nos disse que havia jogado a mala no lixo do condomínio e passamos a rastrear os funcionários do prédio. Identificamos ele pois morava perto do local onde os corpos foram achados", explica Franco. Os corpos das vítimas eram sempre deixados nas redondezas da casa dele, no Itaim Paulista.
Segundo ele, Patrocínio admitiu primeiro ter matado Senira Leite de Oliveira, que foi achada na mala em janeiro. Em seguida, ele confessou a morte de Naiara Ribeiro de Sá, morta em novembro do ano passado. Naiara também foi achada em uma mala. Nenhuma das vítimas foi esquartejada.
As outras três vítimas foram mortas em dezembro de 2010, maio e julho do ano passado. As primeiras vítimas foram jogadas na rua pelo suspeito durante a madrugada, segundo a polícia.
Para a polícia, Patrocínio deve ter cometido outros crimes. "Estamos fazendo um levantamento das mortes ocorridas na região pois é difícil acreditar que de 2010 a 2012 ele não tenha matado ninguém", acredita Franco.
"Tiramos de circulação um indivíduo perigoso que iria continuar a matar senão fosse preso", afirma o delegado. Patrocínio tinha passagem na polícia por uma tentativa de furto ocorrida em 2004. O suspeito teve a prisão temporária decretada e segue preso no 77º DP (Santa Cecília).
O serial killer, segundo a polícia, não levantava qualquer suspeita pois é uma pessoa tranquila e que fala bem.
A polícia diz que ele foi preso na quinta-feira passada dentro de casa e que não resistiu à prisão. Para o delegado, ele tinha interesse em confessar os crimes e chegou a dar pistas para a família que havia feito algo errado. Ao cometer o primeiro crime, em 2010, ele chegou a ligar para a PM para avisar que um corpo estava na rua Monte Camberela.
Patrocínio ainda não tem advogado constituído e a reportagem não teve acesso ao suspeito.
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