Serviços de limpeza e manutenção ficam parados pelo 2º dia em Curitiba

• 0

Os cerca de 400 funcionários da empresa EDV, que presta serviços de limpeza e manutenção para a prefeitura de Curitiba, não compareceram ao trabalho pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira (9). Os trabalhadores protestam contra o atraso de até dois meses nos salários. Na segunda-feira (8), primeiro dia de paralisação, a empresa informou que o dinheiro seria depositado nesta terça-feira, mas segundo o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região Metropolitana (Siemaco), a promessa não foi cumprida, pelo menos até as 10 horas.

"Os funcionários não tiveram condições nem de vir ao sindicato porque não têm dinheiro para o transporte. Também orientamos que eles fiquem em casa e enquanto não sair o pagamento, ninguém trabalha", afirmou Amélia Rodrigues, diretora sindical do Siemaco. De acordo com Amélia, estes funcionários recebem uma média salarial de R$ 400,00 (piso para carga de 8 horas diárias), além de um prêmio por assiduidade de R$ 25,00 e mais vale-refeição no valor de R$ 150,00.

A EDV atende a creches, cemitérios, armazéns da família e outros órgãos da administração municipal. A reportagem da Gazeta do Povo Online entrou em contato com a empresa EDV e foi informada que poderá repercutir o assunto apenas com um gerente, somente no período da tarde.

Prestação de serviço

A prefeitura de Curitiba não soube informar números sobre a paralisação dos trabalhadores nestes dois dias. Apenas informou que nesta terça-feira há mais funcionários nos serviços de limpeza do que na segunda-feira e que a Secretaria Municipal da Educação deslocou algumas pessoas que atuam nas regionais do Boqueirão, Cajuru Matriz, Santa Felicidade e Boa Vista para realizar o serviço.

Segundo a assessoria de imprensa, a prefeitura vem pagando a EDV normalmente e não tem responsabilidade sobre os atrasos. A EDV foi contrada emergencialmente pela prefeitura no final de 2005 e venceu licitação em 2006. Dez empresas participam do processo.

A empresa não deve continuar a trabalhar para o poder público municipal. De acordo com a prefeitura, a EDV não estaria prestando um serviço de qualidade e já foi aberta uma licitação para contratar outra prestadora do serviço de limpeza e manutenção. Dez empresas participam do processo.