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Greve

Serviços e comércio ficam prejudicados

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus prejudicou o comércio e os prestadores de serviços de Curitiba, como hospitais, escolas e empresas. Prejuízo, queda no movimento e custos extras para buscar funcionários foram problemas enfrentados em quase toda a cidade. Mesmo assim, teve gente que lucrou com a paralisação, como os proprietários de estacionamentos e os taxistas.

No Lojão da Sogra da Rua Pedro Ivo, no centro da cidade, o movimento caiu cerca de 95%, segundo a proprietária, Karina Yousef. "O pior é que eu gastei R$ 20 em álcool para ir buscar minhas funcionárias em Colombo e Almirante Tamandaré e depois vou ter que levá-las", lamenta. Outra loja que sofreu com a greve foi a Parisine, na Rua Barão do Rio Branco. "As vendas caíram pelo menos 80%", conta a caixa Neuza Fidalgo.

Algumas lojas nem abriram ontem. O presidente da Associação Comercial do Paraná, Cláudio Slaviero, estima que, em média, as vendas do comércio foram 50% menores ontem, tendo como base os resultados em outras greves.

Serviços

Os transtornos também foram sentidos em escolas de Curitiba. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), Ademar Pereira, vários funcionários não foram trabalhar ontem e com isso a prestação de serviços ficou comprometida.

No Hospital das Clínicas, a greve só não causou grandes transtornos porque a procura por atendimento caiu cerca de 40%, de acordo com o diretor do corpo clínico, Celso Araújo. "Tivemos a colaboração dos funcionários. Agora a preocupação é com a continuação da greve", antecipa. No Hospital Cajuru, o movimento foi normal, mas a instituição deu conta do recado, pois 80% dos funcionários conseguiram chegar de algum jeito ao trabalho. "Nós fretamos quatro ônibus para buscar e levar os empregados, já que não podemos parar de jeito nenhum o atendimento", explicou a diretora Marilise Borges Brandão.

A cooperativa médica Unimed-Curitiba montou uma "operação de guerra" para driblar a falta de transporte coletivo. Já às 6 horas da manhã constatou-se que 50% dos funcionários não podiam ir ao trabalho. Uma rede de solidariedade foi criada para que quem tivesse carro desse carona aos outros. Dessa forma, apenas 10% dos empregados continuaram sem poder ir ao trabalho. A empresa então utilizou sua frota de veículos para buscar os que faltavam. "Nosso atendimento não foi afetado, mas isso com certeza gerou custos", conta o diretor comercial e de marketing, Hudson José.

Outra empresa que precisou se organizar para buscar os empregados foi o Grupo Poliservice. Os veículos da companhia foram atrás dos funcionários e fizeram praticamente as mesmas rotas dos ônibus de linha. "Foi uma correria, por termos saído da rotina. Apesar de termos tido muito prejuízo, o atendimento não foi afetado", conta o encarregado operacional, Jorge Fernandes.

Apesar do transtorno geral, alguns setores lucraram com a greve. O estacionamento Edna Park, na Rua Pedro Ivo, registrou aumento de 40% no movimento de carros. "Um funcionário veio de moto e eu vim de carona", conta a funcionária Jéssica Castro Duarte. Para o taxista José Altair Taborda, a greve foi sinônimo de aumento no número nas corridas. "Eu faço de 15 a 18 viagens por dia. Agora, na metade do expediente, já fiz 14", contou.

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