Cerca de 50 servidores públicos do Poder Judiciário do Paraná realizam protesto em frente ao prédio do Tribunal de Justiça (TJ), na Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, em Curitiba, para cobrar o reajuste e a reposição de um índice de 11,98%, referente a perdas que os funcionários teriam sofrido desde 1994. O porcentual seria resultado de um prejuízo ocorrido quando o cruzeiro real foi convertido para real, por meio da provisória Unidade Real de Valor (URV). Além da manifestação, os trabalhadores pressionam a administração do TJ com um indicativo de greve, aprovado pela categoria na sexta-feira (26).
Segundo José Roberto Pereira, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus-PR), todos os servidores públicos sofreram perdas com o URV, mas trabalhadores como os do Ministério Público do Paraná, Tribunal de Contas do Estado e Assembléia Legislativa já teriam recebido o reajuste e a reposição. "No Judiciário, os magistrados receberam esse índice, mas os servidores não", afirma.
Pereira conta que, desde 2007, a presidência do TJ reconhece o direito dos trabalhadores, mas não aplica o reajuste. Nesta segunda-feira, o grupo se concentra desde as 11h com faixas, cartazes e tendas, e pretende ficar no local até as 13h. "Faremos manifestações todos os dias desta semana, no mesmo período", diz Pereira. "Entre a quarta (1º) e a quinta-feira (2), alguns servidores passarão a noite aqui, em vigília, para demonstrar a revolta", conta.
Para a quinta-feira, os servidores aguardam uma resposta da presidência do TJ, que será analisada pelos sindicalistas em assembléia, na sexta-feira (3), às 11h. "Dependendo do que nos propuserem, podemos deflagrar greve por tempo indeterminado", alerta o coordenador-geral do Sindijus.
Segundo o sindicato, nas comarcas do interior, funcionários também realizam concentração em frente aos fóruns.
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