Os servidores administrativos da Polícia Federal (PF) no Paraná participam da greve por tempo indeterminado iniciada em Brasília, pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Nacional de Cargos da Polícia Federal (Sinpec-PF), na manhã desta terça-feira (25). A categoria é responsável por atividades em áreas internas como de recursos humanos, administração, financeiro e emissão de passaportes. São funcionários contratados por meio de concurso público, em nível de segundo e terceiro graus.
Os trabalhadores reivindicam que o governo federal apresente a proposta de reestruturação do Plano Especial de Cargos da PF. "Tínhamos um compromisso assinado com o Ministério da Justiça de tratamento isonômico com policiais federais que não foi cumprido", afirma a representante sindical do Sinpec-PF no Paraná, Carmem Kappout. Segundo ela, o acordo foi firmado em junho de 2006 e não houve novas negociações.
De acordo com Carmem, foi acertado com a superintendência da PF no Paraná que 30% do efetivo permaneceria com as atividades durante a greve. Mas o sindicato não descarta uma paralisação com 100% de adesão. "Conforme o que houver nas negociações, o expediente pode ser completamente paralisado. Queremos que as autoridades nos olhem com respeito", afirma a representante sindical.
Ficam prejudicados serviços essenciais como tramitação de inquéritos, emissão de passaportes e prorrogação de vistos. Já o controle e a saída de documentos, manutenção de viaturas, atendimento médico ao sevidores da PF e presos, entre outros serviços não considerados essenciais, estarão suspensos.
Os sindicatos dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Rondônia, Pará e Minas Gerais também aderiram à greve. O Brasil tem 3,5 mil servidores do Plano Especial de Cargos, dos quais 84 estão no Paraná, sendo 54 em Curitiba. Também participam do movimento os servidores de Foz do Iguaçu e Guaíra (Oeste), Guarapuava (Centro), Londrina (Norte), Maringá (Noroeste) e Paranaguá (Litoral).