Além de reivindicar melhores condições de trabalho, aumento do efetivo e fim do controle político nas investigações, os servidores da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Cascavel e Guaíra no Oeste do Estado tiveram outro motivo para cruzar os braços a partir desta terça-feira (11): a regulamentação da lei que cria o adicional de fronteira.
Publicada em setembro, a lei ainda não foi aprovada e adia o direito dos agentes que atuam na fronteira de receber R$ 91 para cada jornada de oito horas trabalhadas. "Ainda não tivemos nenhuma informação oficial do governo e este é mais um motivo para os servidores aderirem à paralisação", disse Luís Eduardo Villar, representante do Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef-PR) em Foz do Iguaçu.
Villar diz ainda que o adicional já se tornou uma necessidade para motivar os servidores a continuarem trabalhando em regiões de fronteira, conhecidas por intensas ações de combate ao contrabando e ao tráfico de drogas, armas, munições e pessoas. "Já percebemos uma movimentação de servidores que querem voltar aos seus estados de origem. A aprovação deste adicional poderia pelo menos reduzir esse anseio dos servidores em ir embora", lembrou.
A demora na aprovação da lei foi até motivo da inauguração de um "indenizômetro" no mês passado, na Ponte da Amizade. No local, um placar eletrônico informa o número de dias que os servidores aguardam pela solução do caso. O adicional deve beneficiar também agentes da Rodoviária Federal (PRF), Receita Federal (RF) e dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Até a próxima quinta-feira (13), durante o protesto, os trabalhos da Polícia Federal seguirão sendo realizados por apenas 30% do efetivo total, tanto nas delegacias como nas pontes e aeroportos.
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