Os servidores da Secretaria de Saúde de Paranavaí (no Noroeste do Paraná) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (11). A medida foi tomada como protesto contra a prefeitura, que cortou o adicional de insalubridade de 286 funcionários públicos, que estariam segundo o município - recebendo o benefício indevidamente. A decisão foi tomada com base em um laudo técnico elaborado em 2007.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Paranavaí (Sinserpar), cerca de cem profissionais aderiram à manifestação. Com roupas pretas e faixas, o grupo participou de uma passeata pelas ruas da cidade e se concentrou em frente ao prédio da prefeitura para reivindicar o retorno do benefício.
Por causa da paralisação, 15% das unidades que prestam atendimento à saúde básica no município não funcionaram nesta quarta. Segundo a prefeitura, todos os funcionários e médicos pararam completamente o atendimento nas unidades do Jardim Maringá, Morumbi, Chácara Jaraguá e Sumaré.
Proposta
Por volta das 9 horas, representantes da prefeitura receberam uma comissão de servidores para uma negociação. Na ocasião, o procurador do município, Gilso Santos, explicou que o Executivo não pode definir quem tem o direito ou não ao adicional de insalubridade. Ainda segundo ele, o laudo de 2007 não foi aplicado antes porque não foi apresentado ao chefe do Poder Executivo e, quando tomou conhecimento de sua existência, não havia outra alternativa a não ser aplicá-lo.
Durante a reunião, o prefeito Rogério Lorenzetti acenou com a possibilidade de analisar tecnicamente e juridicamente os casos envolvendo os cargos não existentes em 2007, quando foi elaborado o último laudo que define as atividades que são insalubres.
A proposta será analisada pela categoria. "Vamos fazer uma nova assembleia para definir se a paralisação deve continuar", explicou a presidente da Sinserpar, Eliane Tavares dos Santos. A nova reunião deve acontece no fim da tarde desta quarta (11).
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