Cerca de 200 servidores da área da Saúde se reuniram em frente ao Palácio das Araucárias (sede do governo estadual), em Curitiba, nesta terça-feira (14) para cobrar um encontro com o governador Orlando Pessuti e pedir explicações com relação ao posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), que teria transferido de cidade alguns servidores em estágio probatório. O governador deve se reunir na manhã desta quarta-feira (15) com representantes da classe para ouvir as reivindicações.

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Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindSaúde), Mari Elaine Rodella, a Sesa teria realizado a transferência de 18 servidores de uma cidade para outra. "Se esse direito vale para alguns, deveria ser estendido para todos os funcionários que vivem em Curitiba e trabalham em Ponta Grossa, ou são de Cascavel e precisam se deslocar para Francisco Beltrão, por exemplo", diz.

Elaine destaca que ao assumirem a vaga por concurso público em Curitiba, muitos trabalhadores não sabiam que teriam que atuar em Ponta Grossa. "Tem um grupo que sai de Curitiba todos os dias às 5h em uma van, que é paga por eles mesmos, e só retorna para a capital por volta das 17h. Estas pessoas também teriam interesse em ser transferidas para Curitiba", destaca a coordenadora.

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Segundo o Sindicato, o estatuto estabelece que, por um período de dois anos, os servidores não poderiam ser transferidos. Com isso, alguns funcionários foram obrigados a mudar de cidade para não perder a vaga. Agora, eles alegam que a Sesa teria aberto exceção para alguns e negado o pedido de outros.

Nesta terça-feira, um assessor do governo recebeu os representantes insatisfeitos do SindSaúde e agendou uma reunião com o governador Orlando Pessuti para a manhã de quarta-feira. A expectativa da classe é que os problemas sejam resolvidos e o governador também discuta a proposta dos trabalhadores da área da Saúde que pedem a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.

Com o agendamento da reunião, os integrantes do SindSaúde suspenderam a manifestação em frente ao Palácio das Araucárias e não vão passar a noite no local, como prometeram caso não houvesse um posicionamento oficial do governo do estado sobre as reivindicações.