Servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizam paralisação nesta terça-feira (16). Por volta 8h20, o movimento não afetava o trânsito ma região do campus. Como o período é de férias, o fluxo de alunos e professores na universidade é pequeno.
Os organizadores do movimento realizam panfletagem nas duas entradas principais da universidade pela Avenida Castelo Branco e pela rotatória do Hospital de Clínicas. A manifestação é realizada como protesto a alguns decretos do governador Beto Richa (PSDB) que visam à economia de dinheiro público.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel), Marcelo Seabra, a mobilização dos funcionários é considerada satisfatória. "Muitos servidores, sabendo que haveria paralisação, nem vieram para o campus. Os poucos que estão chegando aceitam nossa manifestação e se juntam a nós."
O trânsito dentro do campus da UEL foi alterado, restringindo o acesso dos veículos a alguns pontos. O principal ponto de concentração é o Restaurante Universitário (RU), onde deve ser realizada uma assembleia nesta manhã. O trânsito de ônibus também foi desviado.
O servidor Célio Costa, que vai à UEL de bicicleta, conseguiu chegar ao posto de trabalho, nas imediações do Centro de Educação, Comunicação e Artes (Ceca). "Os outros, que vêm de carro, estão sendo obrigados a desviar na altura da cancela, pela entrada da PR-445. Consegui passar porque estou de bicicleta. Esperava encontrar um trânsito engarrafado, mas tudo está fluindo bem", avaliou, no início da manhã.
Meta 4
Para a Assuel, a categoria avalia que, com os novos decretos do governador, a universidade pode perder autonomia. "O governo baixou uma série de decretos, como a utilização do programa Meta 4, que ferem a autonomia da UEL, pois ela hoje roda a sua própria folha de pagamento e a partir de agora o governo quer gerenciar isso", disse Marcelo Seabra, em entrevista ao JL na segunda-feira (15).
Segundo ele, com esse procedimento, muitos serviços oferecidos pela UEL podem passar a demorar mais tempo. "O pagamento de hora extra e alguns serviços vão sofrer com essa dificuldade adicional, pois vai ter mais essa instância para poder decidir o que hoje já é feito por aqui em relação aos recursos da universidade."
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