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Mais protestos

Servidores da UFPR fazem manifestação contra o PAC

Pelo menos 150 pessoas participaram de uma assembléia comunitária dos servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizada na tarde desta terça-feira no pátio da Reitoria da instituição. A manifestação foi um protesto contra um dos itens do Plano de Aceleração do Crescimento do Governo Federal que, segundo o Sindicato dos Servidores da UFPR (Sinditest), congelaria os salários por 10 anos. Além disso, houve protestos contra a privatização do Hospital das Clínicas.

A avaliação dos manifestantes foi positiva. "Considerando que os funcionários não são tradicionalmente muito agitados, tivemos a participação de um bom número de pessoas. A manifestação serviu para mostrar o nosso descontentamento. Como era uma assembléia comunitária, cada representante fez o seu pronunciamento e depois fomos recebidos pelo reitor para a entrega formal das reivindicações", disse Rita de Cássia Kavulak, servidora estatutária da UFPR e membro do Sinditest.

Participaram da assembléia representantes do Sinditest, da Associação dos Professores da UFPR e do Diretório Central dos Estudantes da instituição. Segundo Rita de Cássia, o PAC prevê que apenas 1,5% do PIB nacional seja destinado para o pagamento dá folha funcional. "Isso congelaria nossos salários pelos próximos 10 anos. O percentual estabelecido não cobra nem o chamado crescimento vegetativo, sem considerar nem promoções por qualificação e aprimoramento".

Além das questões nacionais, uma pauta com reivindicações locais também foi apresentada pelo sindicato. O principal item diz respeito a manutenção da carga horária de 30 horas conquistada pela categoria em 2005. A representante do Sinditest explicou que os órgãos públicos estão sofrendo um esvaziamento. "Todas as pessoas que entraram nos últimos concursos já saíram. Eles chegam, constatam a carga de trabalho e o salário, em comparação com a iniciativa privada, e resolvem sair".

Algumas das reivindicações ganharam apoio, inclusive, do reitor Carlos Augusto Moreira Júnior. "Ele foi receptivo às questões locais e garantiu que a jornada de 30 horas será mantida, já que foi uma vitória da nossa categoria. Em relação à pauta nacional, ele também se mostrou sensível, já que com o esvaziamento de funcionários fica muito difícil qualquer reitor gerir uma universidade como a nossa", concluiu.

Em um ato simbólico de defesa Hospital das Clínicas, que poderia ser privatizado, os manifestantes abraçaram o prédio do HC.

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