Professores e funcionários técnico-administrativos de universidades federais em greve devem se reunir com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão na próxima terça-feira (21). A paralisação já chegou a 66 instituições de ensino em todo o Brasil. A expectativa é de que durante a reunião o governo federal apresente uma nova proposta para encerrar a greve.Vários atos estão marcadas para esse dia de negociação. Em Curitiba, os servidores devem se reunir na Praça Santos Andrade pela manhã e seguir em passeata pelo Centro da capital.
O principal pedido dos servidores é o reajuste salarial de 27%. No Paraná, as instituições atingidas são a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Técnica Federal do Paraná (UTFPR). Nos dois casos, a paralisação é só dos servidores técnico-administrativos. Os servidores também querem a implementação da data-base da categoria e reajuste anual pela inflação, e melhorias no plano de carreira.
Greve
A greve tem se arrastado desde o fim de maio, mas somente semana passada o governo federal fez uma proposta oficial após determinação judicial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O governo federal propôs o índice de 21,3%, dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019. Com isso, o gasto da folha de pessoal permanecerá estável, segundo o Ministério do Planejamento, em 4,1% do PIB até 2019. O reajuste tomou por base a inflação esperada para os próximos quatro anos.
“A proposta não recupera nem a inflação atrasada e precariza ainda mais a classe. Mas eles vão reapresentá-la e prometeram retirar pelo menos o pagamento em parcela”, afirmou um dos representantes do Sindicato Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), Carlos Augusto Pegurski.
De acordo com o governo federal, as negociações continuarão, por enquanto. Por meio da assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, afirmou que poderá discutir concessão de benefícios aos servidores e também a institucionalização das negociações coletivas no serviço público. “Houve uma rejeição da nossa proposta, mas há possibilidades de avançar em outros pontos como na discussão sobre a negociação coletiva e sobre benefícios”, disse por meio de nota.