Cerca de 120 servidores do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) no Paraná iniciaram, nesta segunda-feira (6), greve por tempo indeterminado, em manifestação por reajuste salarial e reestruturação do órgão. Com a paralisação dos servidores, ficam interrompidas as obras em todas as rodovias federais do estado executadas pelo Dnit, incluindo obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) , que estão em fase de projeto ou de licitação.
De acordo com José Alves de Souza Filho, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado do Paraná (Sindsep-PR), a paralisação atinge 100% dos servidores no estado. Ele conta que, em junho, os servidores haviam firmado um acordo de reajuste e gratificações com o governo federal, que seria cumprido a partir de julho de 2008. "Quando o governo lançou a Medida Provisória (MP) 441, em agosto, os pontos saíram diferentes do que estava no acordo", diz. Souza não quis citar os valores que são reivindicados pela categoria.
Segundo o secretário-geral do Sindsep-PR, a greve foi a última opção que os servidores tiveram para pressionar o governo. Ele afirma que os servidores querem a reestruturação e fortalecimento do Dnit, por meio da abertura de concursos e redução de funcionários terceirizados. Os grevistas pedem ainda o pagamento de 80 pontos de gratificação de desempenho até a regulamentação e extensão do benefício a todos os servidores de nível médio.
A greve é nacional e, no último balanço recebido pelo Sindsep-PR, já haviam aderido à paralisação trabalhadores do Distrito Federal, Sergipe, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Piauí, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins e Santa Catarina, além dos servidores do Paraná.
"Faremos assembléias todos os dias aqui no Paraná para avaliar a situação das negociações", diz Souza.
De acordo com a assessoria de imprensa do Dnit no Paraná apenas um dos administradores do órgão no estado está autorizado a falar sobre a paralisação. A reportagem da Gazeta do Povo tentou conversar com ele, mas foi informada que o administrador estava em uma reunião e não poderia atender.
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