A partir das 7h desta quinta-feira (3), os funcionários do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), farão uma mobilização de 24 horas. Entre os motivos para a realização da paralisação, está a campanha para melhorias salariais e a retirada da Medida Provisória 520, sancionada no último dia de 2010. A determinação legislativa criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A (EBSERH), que desliga os hospitais universitários das universidades que estão relacionadas.

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Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), a mobilização terá adesão de pelo menos 90% dos funcionários. No entanto, de acordo com o presidente do Sinditest, Wilson Messias, o atendimento básico aos pacientes será mantido. "Vamos conversar com todos para operar como se estivéssemos fazendo o revezamento do fim de semana, com o número mínimo de funcionários que for possível", explica.

Às 7h, o grupo faz uma primeira assembleia geral, para definir as ações que serão feitas durante as 24h de protesto. O sindicato alega que poderão ser feitos atos simbólicos, passeatas e debates, mas a intenção é não prejudicar o atendimento. "Nós recebemos os casos de emergência enviados das unidades de saúde. Os postos vão ter de segurar alguns pacientes, só atenderemos novos pacientes em último caso", comenta Messias. O atendimento deverá ser normalizado às 7h da sexta-feira (4).

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O HC possui média mensal de 99.700 atendimentos, entre consultas, exames e cirurgias. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a direção da unidade só vai se pronunciar sobre a paralisação durante a quinta.

Mudanças administrativas

A MP 520 desvincula os hospitais universitários das universidades as quais estavam ligados. Conforme a medida, a relação com as universidades será contratual. A justificativa para a edição da medida foi atribuída a necessidade de resolver o contrato irregular de trabalhadores ligados à fundações, nestes hospitais. O Tribunal de Contas da União (TCU) tinha declarado a ilegalidade da situação dos 26 mil contratados em todo o país nessas condições.

Com a medida, o HC da UFPR deixaria de contar com os funcionários da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), que representam 31% do total de trabalhadores.