Servidores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) podem estar sob um surto de toxoplasmose. A direção do órgão confirmou 17 casos de infecção pela doença entre os funcionários da unidade de Londrina. Os primeiros relatos de sintomas, que às vezes se confundem com os de um resfriado, foram feitos em setembro.
“Alguns servidores procuraram o ambulatório do Iapar, onde foram feitos exames que confirmaram a contaminação”, explicou o diretor de Gestão de Pessoas do Iapar, Adelar Motter, em entrevista ao JL por telefone na manhã desta quarta-feira (21). “Outros procuraram fazer os exames por conta própria e nos trouxeram os resultados positivos”, confirmou.
Com os testes positivos para o protozoário que causa a toxoplasmose, a direção do Iapar acionou os setores de Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental para tentar detectar a origem da doença. Comumente, a toxoplasmose é associada como “Doença do Gato”, mas o contágio por meio dos felinos já foi descartado.
A toxoplasmose é crítica em mulheres grávidas e pessoas com problemas no sistema imunológico. No primeiro caso, podem ocorrer malformações fetais e até mesmo o aborto. No segundo, podem ocorrer casos de pneumonite – doença parecida com a pneumonia – e até cegueira.
“Foram feitos testes no solo e na água do Iapar, mas nada foi encontrado. Muitas pessoas têm o costume de pegar água ali na frente da sede, e por essa chance de contaminação chegamos a suspender temporariamente o fornecimento de água. Mas os laudos mostram que ali não há risco nenhum à população”, destacou Motter. O próximo passo será checar os fornecedores de alimentos servidos no restaurante dos servidores do Iapar.
Pelo menos 250 servidores deverão passar por novos exames de sangue até a próxima sexta-feira (23). Até agora, explicou Motter, não foi encontrado o foco de origem da contaminação pelo protozoário.