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Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Paraná, em greve há 20 dias, ameaçam fechar o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, a partir da próxima semana. Eles também pretendem interromper a liberação da madeira exportada pelo Porto de Paranaguá e paralisar as vistorias referentes ao processo de regularização fundiária de cerca de 200 moradores do Parque Nacional de Ilha Grande, em Guaíra.

As medidas foram anunciadas ontem, durante coletiva. Os funcionários questionam a Medida Provisória 366/07, que divide o órgão e cria o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. "Essa MP foi imposta pelo Ministério do Meio Ambiente. Não houve uma discussão com os funcionários do Ibama", diz Guadalupe Vivekananda, presidente da Asibama-PR, associação que representa os servidores.

Segundo ela, a criação do Instituto Chico Mendes e o desmembramento do Ibama vão gerar uma duplicidade de funções, acarretando em atrasos na liberação dos processos de licenciamento ambiental, enfraquecimento da fiscalização nas unidades de conservação e aumento de gastos públicos. "Por isso estamos parados. Não estamos nem colocando em pauta a questão salarial, mas sim a defesa da questão ambiental brasileira."

A Asibama trabalha agora para barrar a aprovação da MP no Congresso Nacional. De acordo com Guadalupe, a Associação tem mantido contato com vários parlamentares. No próximo dia 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, a entidade promete realizar um novo protesto contra a MP.

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