Servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) do Paraná votaram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (23) , em Curitiba, pela continuidade da greve da categoria, que já dura mais de 70 dias. A greve foi deflagrada em julho. Cerca de 150 trabalhadores participaram da assembleia.
Segundo Jaqueline Gusmão, uma das diretoras do sindicato que representa a categoria, o governo federal descumpriu a promessa e não enviou, até o meio dia desta quarta-feira, novas propostas de acordo com os trabalhadores. “Por isso, votamos pela manutenção da greve”, diz.
Médicos peritos também continuam em greve
Os médicos peritos que atuam nas agência da Previdência Social no Paraná também continuam em greve. Segundo a porta-voz do movimento grevista em Curitiba, Keti Datsis, nenhum órgão do governo federal recebeu a categoria para discutir o fim da paralisação.
“Já mandamos 11 ofícios e não tivemos nenhuma resposta do Ministério da Previdência ou do Planejamento. Nós queremos voltar ao trabalho o quanto antes. Esperamos que esse governo tenha alguma atitude”, afirma Keti.
A categoria está em greve desde o dia quatro deste mês. Os peritos reivindicam reajuste salarial de acordo com a inflação, melhores condições de trabalho e contratação de mais profissionais.
De acordo com Malinoswisk, ainda existem questões a serem solucionadas pelo governo em conjunto com os trabalhadores. Uma dessas é como se dará a tentativa de normalização dos serviços que foram acumulados em virtude da greve. Estima-se que, devido ao grande volume de processos parados, os serviços só sejam regularizados no Paraná em março do próximo ano.
No entanto, segundo Nelson Malinoswiski, outro diretor do Sindicato Servidores Públicos Federais de Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), a greve já caminha para o fim. “Nada impede que amanhã ou na sexta seja convocada uma nova assembleia que delibere para o fim da greve. Estamos rumando para isso.”
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o reajuste nos salários de 27%, para repor as perdas salariais desde 2010, a realização de concurso publico para a contratação de mais servidores e a incorporação das gratificações, que representam 70% dos salários. O governo federal propõe um reajuste de 10,8%, a ser realizado em dois anos, sendo no primeiro, um aumento de 5,5% no ano de 2016 e o outro, de 5,8%, para o ano de 2017.
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