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Nesta quinta-feira (25), através da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SRT/MGI), o governo federal se comprometeu a conceder um aumento de 51,9% no auxílio-alimentação dos servidores públicos federais a partir do próximo mês. O acordo com a categoria também inclui reajuste dos auxílios saúde e creche.
O auxílio-alimentação passou de R$ 658 para R$ 1 mil; o auxílio-saúde, de R$ 144,38 para R$ 215; e o auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) considerou o reajuste positivo, mas afirmou que continuará reivindicando reajustes salariais entre 7% e 10% para este ano. A entidade representa 80% dos servidores federais, entre ativos, aposentados e pensionistas.
O governo também se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
Segundo a Condsef, haverá uma nova reunião com o governo nesta sexta-feira (26) para definição da agenda completa de instalação das mesas.
“No termo de compromisso, não tem nada garantido sobre reajuste para 2024, mesmo as entidades tendo insistido nessa tecla. Mas não vamos jogar a toalha, porque é uma reivindicação histórica da categoria. Entendemos que a fase de congelamento de salários foi no governo anterior, então o momento de conseguir recuperar o poder de compra do funcionalismo é agora”, disse o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com o MGI, o aumento do auxílio-alimentação garante um ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que ganham até R$ 9 mil mensais. A pasta ainda informou que os servidores com remuneração menor e que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão aumento de até 23% na remuneração total.
“Esse acordo, juntamente com o reajuste de 9% que já foi concedido no ano passado, faz com que se inicie um processo de recuperação dos salários que ficaram congelados por tanto tempo”, afirmou o secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo.
Os servidores federais anunciaram greve nacional no início de abril após oito meses de negociações com o governo Lula sem acordo sobre as reivindicações de reajuste salarial e reestruturação de carreira. Até o momento, o governo Lula ofereceu 0% de reajuste salarial.