| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A pressão sobre Fabiano Silveira foi grande ao longo de todo o dia. Logo pela manhã, servidores fizeram uma manifestação na sede do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle que impediu a entrada do ministro no prédio. Com vassouras e baldes com água, os servidores fizeram uma “faxina” em frente ao ministério que, por decisão do presidente em exercício, Michel Temer, substituiu a Controladoria-Geral da União (CGU). Eles cobraram a saída de Silveira com faixas e gritos de ordem.

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O Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) exigiu, em nota, “a imediata exoneração” do ministro do cargo. Segundo o sindicato, Silveira “demonstrou não preencher os requisitos de conduta para estar à frente de um órgão que zela pelo combate à corrupção”.

Base pediu exoneração

A base de apoio de Temer no Congresso também cobrou a demissão do ministro. “Fabiano Silveira deveria ter colocado o cargo de ministro à disposição e Temer deveria tê-lo demitido”, disse o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). O senador Alvaro Dias (PV-PR) disse que a presença de Silveira, após as gravações, contaminava o governo. Líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) afirmou que o ministro não tinha mais condições de permanecer no cargo.

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“O flagrante da conversa revela algo que é diametralmente oposto à postura que deve ter uma figura como o ministro da Transparência”, disse o vice-líder do PPS, o deputado Arnaldo Jordy (PA).