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Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizaram uma assembleia nesta quinta-feira (14) e decidiram manter a greve que nesta sexta-feira (15) vai completar um mês. Na semana passada os funcionários do setor de contabilidade e finanças também aderiram à greve o que provocou a suspensão das rematrículas, pagamentos de obras, serviços contratados pela instituição e licitações.

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, os grevistas repudiaram a resposta do reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, para as reivindicações da categoria. Eles reclamam que a pauta apresentada ainda não recebeu uma contraproposta efetiva por parte da administração da universidade.

A Reitoria da UFPR entregou uma carta dizendo que "o retorno às conversações é vital para a retomada do processo de negociação". O documento também deixa claro que a prioridade da instituição é um entendimento da pauta nacional, que engloba a mobilização de diversas universidades do país. Com relação às exigências locais, a Reitoria explica que algumas questões já estão sendo debatidas e deverão ser resolvidas em breve, enquanto outras ainda precisam ser debatidas.

Para os servidores, a resposta não apresenta resoluções concretas, assim como a reunião com o reitor realizada na última segunda-feira (11). Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest-PR), o encontro de cerca de três horas apresentou pouca evolução.

Para o sindicato, o próximo semestre pode ser prejudicado, já que o atraso no trabalho deve afetar todo o planejamento da universidade. As rematrículas, que deveriam ser realizadas até esta semana, estão suspensas enquanto a greve não terminar.

Os servidores da Universidade Federal do Paraná, do Hospital de Clínicas e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em 15 de junho.

Greve nacional

O comando de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) decidiu nesta quarta-feira (13) continuar a paralisação por tempo indeterminado. A decisão levou em conta a resolução das assembleias nas universidades.

Segundo o comando, o momento político é propício para a greve, pois "está evidente para toda a classe trabalhadora que existe muito dinheiro para reajuste salarial". Em nota, a Fasubra criticou o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao empresário Abílio Diniz na fusão do Carrefour e do Pão de Açúcar, e as grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da Copa, que estariam consumindo recursos públicos.

O movimento pede reajuste do piso da categoria e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. Segundo a Fasubra, o aumento teria um impacto no orçamento federal de cerca de R$ 6,5 bilhões e atenderia mais 150 mil trabalhadores. Para o próximo dia 21 foi marcado um ato nas reitorias das universidades e, no dia 28, nos hospitais universitários.

Reivindicações no Paraná

Os servidores querem a reabertura de 130 leitos no HC, que teriam sido fechados por falta de pessoal. Além disso, os técnicos administrativos pedem que o governo federal estabeleça e coloque em prática um plano de cargos e salários para a categoria.

Outra reivindicação é o aumento do piso salarial de R$ 1.034 para R$ 1.635, o equivalente a três salários mínimos, e o aumento de benefícios como o vale-alimentação, além da correção de distorções.

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