Curitiba tem 94 desaparecidos
Um levantamento realizado pela Delegacia de Vigilâncias e Capturas (DVC) aponta que estão em andamento investigações sobre 94 casos de desaparecimento, em Curitiba. Neste ano, foram comunicados à especializada o desaparecimento de 275 pessoas. Deste total, 181 casos estão solucionados.
O delegado Marcelo Lemos de Oliveira explica que mais de 90% dos registros se referem a desaparecimentos temporários, em que a pessoa acaba voltando para casa após um curso período. "Parte destes casos é de adolescentes que fogem da residência por algum motivo. Outra fatia é de usuários de drogas, que somem por um período em que estão usando drogas, avalia.
Nos casos de desaparecimento, a primeira providência da polícia e "refazer" os últimos passos da pessoa e manter contato com a rede de relacionamentos desta. Dependendo do caso, o delegado pode fazer rastreamentos de telefone ou de cartões bancários. "Essas medidas, no entanto, dependem de autorização judicial, o que pode demandar tempo", ressalva Oliveira. (FA)
O corpo da universitária Louise Sayuri Maeda, de 22 anos, foi encontrado na tarde desta sexta-feira (17), em cavas do Rio Iguaçu, em Curitiba. A jovem estava desaparecida desde a noite de 31 de maio, depois de deixar o Shopping Mueller, onde trabalhava.
Como o cadáver estava em avançado estado de decomposição, o reconhecimento foi feito por meio de um exame papiloscópico (de confronto de digitais). O resultado do procedimento foi confirmado oficialmente pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o Instituto Médico-Legal (IML) apontou ainda que o corpo apresentava uma marca de tiro na cabeça.
Dois moradores do bairro Campo do Santana, já próximo ao Aterro da Caximba, encontraram o corpo, enquanto buscavam um cachorro desaparecido. Ao notarem uma concentração de urubus, eles encontraram o cadáver boiando nas cavas. Ela trajava um casaco preto, blusa de cor clara, calça jeans e um tênis branco com detalhes em rosa as mesmas roupas usava quando sumiu. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) apontaram que a jovem estava morta há pelo menos dez dias.
Primeiras autoridades a chegar ao local onde o corpo foi encontrado, policiais militares do 13º Batalhão acreditam que o cadáver não tenha sido abandonado naquele ponto, mas que tenha sido levado pela corrente de água.
O desaparecimento era investigado pela Delegacia de Vigilâncias e Capturas (DVC). Com a confirmação de que o corpo encontrado é de Louise, o caso passará à Delegacia de Homicídios (DH). "Vamos entrar em contato com a DVC para que eles nos passem todas as informações que conseguiram apurar até o momento, para que possamos traçar uma linha de investigação", afirmou o delegado Cristiano Augusto Quintas dos Santos, novo responsável pelo caso.
De acordo com a Sesp, o corpo de Louise só deve ser liberado após a realização de exames complementares. O IML deve colher material das unhas e de outras partes do corpo, para eventuais perícias solicitadas ao longo das investigações criminais. Por volta das 20 horas desta sexta-feira, cerca de vinte pessoas, entre amigos e familiares de Louise estavam no IML, mas não quiseram conversar com a imprensa. Um parente que não quis se identificar apenas declarou que a família não tinha sido comunicada oficialmente do resultado do exame.
Desaparecimento
Louise Sayuri Maeda sumiu após sair do trabalho, em Curitiba, por volta das 22h45 do dia 31 de maio. Desde então a família não teve mais notícias da jovem. Ela trabalhava como supervisora em uma iogurteria no Shopping Mueller, no Centro da capital. Pela manhã, ela cursava faculdade de Comércio Exterior na Uninter.
À época do desaparecimento, a mãe da universitária, Deise Maeda, disse que a filha voltava para casa de ônibus (do Centro para o bairro Barreirinha) na maioria das noites, com exceção das terças-feiras. Louise saía mais tarde do trabalho nas terças e por isso o pai ia buscá-la. Na terça-feira do dia 31, ela não estava no local e no horário combinado.
Familiares foram até o ponto de ônibus e o motorista do coletivo afirmou que a jovem não foi vista naquela noite. "Todo mundo conhece a Louise no ônibus, pois ela pega o mesmo (ônibus) sempre", disse a mãe da jovem desaparecida.
O caso começou a ser investigado pelo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) da Polícia Civil, pois acreditava-se que o caso podia se tratar de um sequestro.
Mobilização em rede social
Amigos da universitária recorreram à mídia social Facebook para tentar conseguir informações que ajudem a encontrar a jovem. Uma página com o status de "evento público" foi criado e, até a tarde desta sexta-feira (17), já contava com a adesão de 1.213 internautas.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião