Foz do Iguaçu

A Operação Paraná Seguro foi lançada em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, no mesmo dia em que o secretário municipal da Segurança Pública, Renato Ribeiro Peres, encaminhou ao Ministério Público Estadual (MPE) um pedido para que o governo garanta mais segurança à população. Na semana passada, Peres havia procurado o Ministério Público Federal (MPF) com a mesma finalidade.

O secretário entregou ao MPE levantamento com número de ocorrências policiais, no qual evidencia a necessidade de aumentar o efetivo policial da cidade. Conforme o relatório, entre 2001 e julho de 2007 ocorreram em Foz 1.863 homicídios, a maior parte na faixa etária de 19 a 30 anos (44,25%). Ainda segundo ele, conforme dados do Narcodenúncia, 175 toneladas de maconha (62% da droga apreendida no Paraná nos últimos dois anos) foram encontradas na região de Foz do Iguaçu.

Diante do quadro caótico que se instalou em Foz, na opinião do secretário Peres, a operação iniciada ontem não resolverá o problema da segurança pública. "A operação tem reflexo no período que dura. Tem que ter uma operação constante", diz. Ele ressalta que Foz merece uma atenção especial pelo fato de os problemas de segurança da cidade terem reflexos em outras regiões do país. (DP)

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Com o objetivo de coibir a criminalidade nas três cidades mais violentas do Paraná – Curitiba, Foz do Iguaçu (Oeste) e Londrina (Norte) –, cerca de 550 policiais civis e militares saíram às ruas, nesta segunda-feira (21), por tempo indeterminado. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), 65% de todos os crimes cometidos no estado se concentram nos três municípios. A operação-tripla, batizada de Paraná Seguro, tem como foco fiscalizações em bares, bloqueios de trânsito e policiamento ostensivo.

O secretário Luiz Fernando Delazari garantiu que o reforço policial será diário. "Este é um trabalho preventivo", disse. Até o fechamento desta edição, nenhum resultado parcial havia sido divulgado pela Sesp sobre o primeiro dia de trabalho.

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Em Curitiba, a operação começou por volta das 11 horas. Um total de 250 policiais saiu do quartel da Polícia Militar para percorrer diversos bairros da capital. A ação teve inicio na região central e depois passou por pelo menos 18 bairros, como Seminário, Capão Raso, Cajuru, Cidade Industrial, Uberaba, Boqueirão, Rebouças, Sítio Cercado, Bairro Alto, Parolin e Prado Velho.

Freqüentadores de bares próximos ao Terminal do Guadalupe foram abordados e obrigados a apresentar documentos. Ana Maria de Moraes, 36 anos, foi detida com dez gramas de crack e encaminhada ao 1.º Distrito Policial. "Para nós, do comércio, essa operação é importante. Tem muito assalto por aqui. É uma região complicada", disse a funcionária de um dos estabelecimentos, Josiane Alves.

Durante o patrulhamento no bairro Campo Comprido, um casal foi preso e um adolescente apreendido acusados de terem roubado um veículo no último domingo. Jurandir Aparecido de Silveira, 23 anos, e a namorada, Ariane Costa Veiga, 18 anos, foram delatados pelo jovem, que estava com o carro. Na casa de Silveira foram encontrados um revólver, três toca-CDs e quatro celulares. Um quarto envolvido foi localizado pela polícia, mas conseguiu fugir.Interior

Em Foz do Iguaçu, cerca de 180 policiais saíram às ruas para as primeiras ações da operação. Os pontos mais críticos onde os agentes atuaram foram previamente mapeados. Durante o lançamento do plano de segurança em Foz, Delazari voltou a afirmar que o governo do estado não vai acionar a Força de Segurança Nacional. "Está completamente descartado", diz. Segundo ele, o governo encaminhará, no próximo mês, mais 150 policiais fixos, que já estão sendo recrutados, para reforçar o efetivo do município.

Já em Londrina, o lançamento da operação ocorreu no começo da noite. O secretário anunciou que cerca de 150 policiais viriam de fora para se somar ao efetivo da cidade, entretanto, ele não informou a data que chegaria o reforço. Para marcar o início da ação, equipes de policiais fizeram um patrulhamento nas regiões mais violentas de Londrina.

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