Com o bordão "Roxos de Raiva" e nariz de palhaço, mais de 50 servidores municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) reuniram-se na manhã desse sábado (17) na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, em protesto contra a atual gestão da prefeitura da capital. A passeata seguiu em direção à Boca Maldita, onde trabalhadores e simpatizantes engrossaram o pedido de "Mais servidores para atender o povo". No próximo dia 27, haverá uma nova assembleia para avaliar a paralisação. A decisão dos servidores da saúde é interromper parcialmente o atendimento no dia 2 de fevereiro, quando da reabertura da Câmara Municipal.
Na pauta de reivindicações dos funcionários públicos da saúde (enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos em higiene dental, auxiliares de consultório dentário e auxiliares) estão o pedido de novos concursos públicos; o pagamento de horas-extras e não o repasse para banco de horas; pagamento de reajuste salarial previsto para dezembro de 2014; e, principalmente, a melhoria das condições de trabalho em todas as unidades de saúde. O coordenador do Sismuc, Giuliano Gomes, critica o banco de horas. Segundo ele, a estimativa é de alguns funcionários tenham acumulado cerca de 1.200 horas e, com isso, tem havido o acúmulo de funções. "Tem servidor que atende paciente, farmácia e faz inalação ao mesmo tempo", diz Gomes.
Para a diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Sônia Nazareth, estima-se que o setor da saúde municipal está com 70% de déficit em funcionários e 100% de insumos.
Para ilustrar a falta de condições de trabalho, a enfermeira Andressa da Silva, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da CIC, conta que são apenas seis profissionais da saúde atendendo a população, quando o ideal seria 10 servidores. "E depois, a população coloca a culpa nos funcionários".
Na UPA Sítio Cercado, a situação não é muito diferente. O auxiliar de enfermagem Marcos Elias de Oliveira assinala uma greve de gestão. "Tem dinheiro para lixo, para ônibus, para estádio e para o carnaval, mas não tem para saúde." Segundo ele, nas unidades de saúde tem falta até de coletor para exame de urina, sem contar medicamentos como antibiótico. Outro lado
A prefeitura de Curitiba informou através da assessoria de imprensa que não foi informada oficialmente sobre a intenção de greve. Além disso, comunicou, em nota, que "não revogou reajuste salarial previsto em lei e garante o seu pagamento no mês de março de forma retroativa a partir de janeiro, inclusive com correção monetária. Informa, também, que as horas extras serão pagas no fim deste mês, o que já pode inclusive ser conferido pelos servidores nos contracheques on-line."
O texto diz ainda que a prefeitura "também lançou, na última quinta-feira (15), o edital do processo seletivo para os serviços de urgência e emergência da saúde, cuja prova ocorrerá no próximo dia 31, e há perspectiva da realização de concurso público para completar o quadro de servidores da Saúde ainda no primeiro semestre deste ano."
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