A parceria entre os setores público e privado é essencial para a gestão de parques públicos, afirmou Elizabeth Barlow, fundadora e ex-presidente da Central Park Conservancy, organização sem fins lucrativos que revitalizou o Central Park, em Nova York.
Atualmente a organização levanta 75% dos fundos para gestão do Central Park e toca o dia a dia da manutenção do parque, que tem 843 hectares e recebe 40 milhões de pessoas por ano. O orçamento anual para a gestão do local é de US$ 57 milhões (R$ 148 milhões).
Ela esteve no Rio para a segunda edição do fórum Arq. Futuro Parques do Brasil, que aconteceu nesta terça (18) e quarta (19). O encontro reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros para discutir a gestão de parques urbanos e nacionais, e focará em dois aspectos: gestão e investimento.
Rogers falará sobre a parceria público-privada na gestão do Central Park. Depois, conversará sobre o caso do parque do Flamengo, zona sul do Rio.
O Parque do Flamengo vem sofrendo de má conservação e casos de violência. Levantamento feito em abril pela Folha de S.Paulo mostrou que, das 28 obras do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) que deveriam ser mantidas por instituições públicas, pelo menos dez estavam degradadas ou mal conservadas.
"Você já ouviu falar na palavra burocracia?", diz Rogers em resposta a uma pergunta sobre a capacidade de um governo de gerir sozinho um parque público.
Para ela, não é impossível que o poder público possa, em tese, cuidar de um parque sozinho, mas parcerias permitem que o trabalho seja feito de maneira menos engessada e mais eficiente.
Nos anos 1970, o Central Park era um lugar degradado e perigoso. A prefeitura de Nova York vivia uma situação fiscal delicada e a manutenção do parque sofreu como resultado. Segundo Rogers, a prefeitura de Nova York deu boas-vindas à iniciativa de arrecadar fundos privados para financiar a revitalização do parque. Há nos EUA uma cultura de filantropia que facilita esse tipo de iniciativa.
As doações são feitas por projeto -o doador financia a restauração de uma fonte, a revitalização de uma das 53 áreas do parque. Yoko Ono, viúva de John Lennon, por exemplo, foi uma das primeiras pessoas a fazer uma grande doação. O casal vivia num prédio famoso chamado Dakota, que fica bem na frente do parque. Hoje uma área do Central Park Dakota se chama "Strawberry Fields", em homenagem à canção do Beatle.
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