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Você acha que as medidas propostas pela Setransp para reduzir a tarifa podem ser colocadas em prática?

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As empresas de ônibus que operam na Rede Integrada de Transporte (RIT), em Curitiba e região metropolitana, sugerem mais subsídios como forma de baixar o valor da tarifa cobrada do usuário. Ontem, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Re­gião Metropolitana (Se­transp), apresentou propostas que podem reduzir a tarifa em R$ 0,45, mas nenhuma das ações envolve diretamente a gestão das empresas.

De acordo com o advogado do sindicato Sacha Reck, a diminuição da tarifa de ônibus exige execução de um plano de mobilidade urbana, um plano diretor de transporte e trânsito e a realização de uma pesquisa origem-destino, para conhecer os hábitos dos usuários. A partir disso, é possível equalizar melhor o sistema e reduzir custos com efetividade.

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O sindicato defende que haja indicação de fonte de custeio em relação às gratuidades do sistema – para deficientes, doentes crônicos, estudantes, policiais, carteiros –, que representaria uma economia de R$ 0,30. O sindicato também propõe que a taxa de administração da Urbs não seja cobrada apenas do usuário, mas de toda a sociedade, o que geraria uma redução de R$ 0,10, aproximadamente. Outra proposta é a retirada do cálculo da tarifa de itens como limpeza e manutenção de terminais, que reduziria em R$ 0,05.

As empresas ainda afirmam que já pediram para a Urbs uma revisão do contrato, porque as planilhas de custos utilizadas para calcular a tarifa técnica não correspondem à realidade, já que os gastos que as empresas têm são muito superiores ao que foi estimado na licitação. "As empresas estão em uma situação muito difícil. Ao fim do contrato, a taxa interna de retorno das empresas será de -0,62%", diz Reck.

Outro lado

Segundo o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior, medidas como fonte de custeio para as gratuidades não são simples, já que envolvem leis dos três níveis de governo. Sobre a mudança na arrecadação da taxa de gerenciamento, Gregório vê com desconfiança uma tentativa de fragilizar o suporte financeiro para a fiscalização do transporte.