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Pedro passou o aniversário de 15 anos sozinho na Austrália | Josué Teixera/ Gazeta do Povo
Pedro passou o aniversário de 15 anos sozinho na Austrália| Foto: Josué Teixera/ Gazeta do Povo

Aos 14 anos, o estudante Pedro de Paula partiu em viagem sozinho para a Austrália. Passou o aniversário de 15 anos, natal e ano novo surfando e mergulhando em ilhas e praias da Oceania. E ainda fez um tour pelo Japão. Tudo isso sem deixar os estudos de inglês de lado. Voltou encantado com a experiência e se sentindo mais preparado para o futuro.

A busca pela independência e a vontade de experimentar o novo estão levando jovens como Pedro a saírem em viagens cada vez mais cedo. Tudo isso com o aval dos pais. Mas nem sempre esse processo é simples. Seja em colônias de férias, acampamentos ou intercâmbios, as dúvidas sempre surgem: Meu filho está preparado para passar tanto tempo longe de casa? Como posso prepará-lo para uma experiência dessas?

Segundo o psicólogo e mestre em Educação, Marcelo Ubiali Ferracioli, o importante é que as famílias proporcionem atitudes mais independentes aos filhos dentro do cotidiano familiar para depois partirem para uma experiência maior, como o intercâmbio. Ele afirma que a busca pela independência é um processo natural e próprio da adolescência e os pais podem ajudar nessa formação atribuindo mais responsabilidade e ações independentes aos filhos. "Os pais podem começar, oportunizando atividades mais autônomas aos filhos, primeiro no ambiente familiar e depois em áreas externas. Essa é a melhor forma de prepará-los."

Conforme Ferracioli, as respostas para as dúvidas mais frequentes são muito particulares e variam de acordo com a dinâmica familiar. "O correto é que haja uma conversa franca, acolhedora, que permita saber o que seu filho quer e debater com ele essas possibilidades."

Incentivo

Na casa de Pedro, um ponto o favoreceu. Tanto o pai, quanto os dois irmãos mais velhos, já tinham feito intercâmbio. O empresário Sérgio de Paula conta que ele e a esposa sempre incentivaram os filhos a viajar para fora do país. "É um investimento que se paga muito fácil só pelo contato que eles têm com outras culturas, outros hábitos. Aprendem a valorizar culturas diferentes e desenvolvem mais a responsabilidade."

Longe de casa, Pedro se viu obrigado a administrar seu dinheiro e cuidar de seus pertences pessoais. "Aprendi a respeitar o diferente, trabalhar em equipe e, principalmente, viver sozinho."

Na hora de contratar

A decisão de fazer uma viagem sem os pais não é assunto para ser resolvido por apenas uma das partes. Veja alguns cuidados:

• Saber quanto tempo a empresa está no mercado.

• Estabelecer contato com famílias que já tenham utilizado do serviço da empresa.

• Definir o tipo de programação (estudo, turismo).

• Saber qual é a infraestrutura fornecida para recepcionar e acolher o filho neste outro ambiente.

• Quais profissionais estão envolvidos (monitores, professores).

• Verificar suporte psicopedagógico – se há acompanhamento de profissionais capacitados que vão oferecer suporte ao seu filho.

Opções

Os programas de intercâmbio estão cada vez mais flexíveis às faixas etárias interessadas em viajar e às condições financeiras dos pais. Escolas como a EF – Education First, escolhida pela família de Pedro, oferecem pacotes em grupo e individuais que vão de duas semanas a três meses, com preços que iniciam em US$ 1.800 (custos e acomodações) mais passagens aéreas. Na EF, jovens a partir de 13 anos já podem fazer intercâmbio no grupo chamado de ‘Juniors’. Eles têm destinos exclusivos e podem embarcar tanto sozinhos como em grupo. Na viagem em grupo, os alunos podem ficar três semanas estudando e uma apenas em tour viajando. Já para aqueles que optarem por viajar sozinho, a escola oferece um pacote com itens obrigatórios, tais como refeições extras e traslado de chegada e retorno.

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