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“Bagunça no ordenamento jurídico”

Silas Malafaia defende projeto que proíbe união poliafetiva em debate na Câmara

Pastor Silas Malafaia no debate promovido pela Comissão da Família na Câmara dos Deputados. (Foto: Ana Carolina Curvello/ Gazeta do Povo)

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A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados debateu nesta quarta-feira (8) o Projeto de Lei 4302/16, que pretende proibir o registro de união poliafetiva, ou seja, um relacionamento com mais de duas pessoas.

O debate contou com a presença do pastor Silas Malafaia que defendeu a proposta para evitar uma “bagunça no ordenamento jurídico”, diante de registros em cartórios que tentam favorecer o poliamor ou trisal, como esse tipo de união também vem sendo chamado.

Em 2018, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mandou suspender todos os registros de união poliafetiva e proibiu os cartórios de lavrar escrituras públicas para registrar esse tipo de união.

“Não há previsão legal nem para sucessão e nem para direitos previdenciários para esse tipo de sucessão. O judiciário nao pode ter o poder de estabelecer normas que nao compete a eles, mas compete ao legislativo", disse o pastor.

Malafaia também reforçou que a “união poliafetiva”já é vedada pela Constituição Federal. Em seu artigo 226, parágrafo 3º, a Carta Magna já define a monogamia como única união legal válida no Brasil. O parágrafo em questão estabelece: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”.

Na audiência, Malafaia criticou a ideia, apresentada por governistas, em querer defender uma “minoria” que se identifica com o “poliamor”.

“Querem aprovar tudo que alegam ser realidade ou protege uma minoria. A Zoofilia é realidade, vamos aprovar? Então, essa história de que tudo é realidade temos que aprovar, daqui a pouco, vão aprovar a pedofilia, que é uma prática de minoria, e ela existe”, destacou o pastor.

A proposta, que está em análise na comissão, recebeu parecer favorável do relator, deputado Filipe Martins (PL-TO), e pode ser votada na próxima semana pelo colegiado, conforme informou o presidente da comissão, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE).

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