O silêncio do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho sobre o acidente em que ele se envolveu e que resultou na morte de dois rapazes, em 7 de maio de 2009, deve ser quebrado somente a partir de junho, depois de o caso completar um ano. Ele será interrogado pela Justiça após todas as testemunhas de defesa e acusação serem ouvidas. "Ele vai ser interrogado. Isso deve acontecer depois de toda a produção de provas, depois de todas as testemunhas serem ouvidas", afirma o advogado de Carli Filho, Roberto Brzezinski Neto.
Ontem, na terceira audiência sobre o caso, três testemunhas arroladas pela defesa foram ouvidas. Das outras sete que ainda prestarão depoimento, apenas uma é de Curitiba um homem que não compareceu ontem porque estava viajando. O restante mora fora do Paraná. A última audiência de testemunhas está marcada para 24 de maio, mas duas ainda estão sem data definida. Até agora, 22 testemunhas já compareceram ao Tribunal do Júri de Curitiba.
Júri Popular
Carli Filho é acusado de dirigir embriagado, a mais de 160 km/h e com a carteira de motorista vencida, e de ter provocado o acidente em que morreram Carlos Murilo de Almeida, 20 anos, e Gilmar Rafael Yared, 26 anos. Assim como em outras audiências, o ex-deputado não compareceu ontem ao Tribunal. Ele foi intimado para todas, mas foi dispensado por sua defesa por não estar previsto seu interrogatório.
Somente depois de ter acesso ao depoimento de todas as testemunhas e ao de Carli Filho que poderá ser ouvido em Guarapuava, onde vive é que o juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, decidirá se o ex-deputado irá ou não a Júri Popular. "Tudo está caminhando para que ele seja julgado em Júri Popular. Não vejo como não ir", avalia o advogado da família Yared, Elias Mattar Assad.
Segundo o advogado, o laudo do perito contratado pela família para analisar a câmera do posto de gasolina que fica nas proximidades deverá ficar pronto em 20 dias. "O perito me falou que muitos fragmentos com informações importantes foram recuperados", afirma Assad. Existe a suspeita de que trechos do vídeo foram apagados.
Uma das testemunhas ouvidas ontem foi o empresário Yuri Cunha. Ele estava sozinho em seu carro a cerca de 30 metros do local do acidente. "Não cheguei a ver o acidente porque ali tinha uma subida. Vi que o carro (de Carli Filho) estava em uma velocidade maior que a normal. Não vi ninguém decolando", conta. Cunha lembra ter visto uma penumbra (que seria o carro do ex-deputado) e logo depois um estrondo. "Fez eco. Até olhei para cima achando que era um transformador", relata. A mãe de Gilmar Yared, Cristiane Yared, está organizando uma vigília para quando o acidente completar um ano.
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