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O silo público vertical do Porto de Paranaguá, conhecido com Silão, também é alvo de investigação. Há suspeita de que o terminal participaria do esquema de desvio de grãos no porto. Em seis meses de investigação, a Receita Federal e a Polícia Federal conseguiram comprovar apenas desvios de até 10 mil toneladas por safra na Compa­nhia Brasileira de Logística (CBL), um dos nove terminais que operam no chamado Corredor de Exportação no porto.

No início da investigação, a PF desconfiava que os desvios de soja e açúcar aconteciam no terminal da CBL e no Silão, mas os trabalhos só confirmaram o esquema na CBL. O Silão, no entanto, ainda é investigado. Durante a operação, policiais apreenderam documentos no local, que controla o carregamento dos navios no Corredor de Exportações – um conjunto de esteiras que reúne a carga de todos os terminais do porto para carregar os navios. O Silão tem capacidade para armazenar até 100 mil toneladas de produtos.

"Eles [Receita e Polícia Federal] podem acompanhar todos os nossos carregamentos. Nós fazemos de forma correta", disse o atual superintendente da Adminis­tração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron. Segundo ele, uma das missões da Comissão Especial de Audi­toria em Contratos e Licita­ções, criada na quarta-feira, será responder à Agência Nacional dos Trans­portes Aquaviários (Antaq) sobre os recentes aditivos feitos nos contratos de arrendamento dos terminais do porto. Segundo Maron, as administrações anteriores fizeram reajustes sem avisar a agência.

Um grupo de seis técnicos da Appa vai investigar os contratos suspeitos de fraude. Maron disse que um desses contratos, com custo de R$ 1,9 milhão, foi firmado pelo porto com a Aquaplan, que pertence ao ex-superintendente do porto Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, preso na quarta-feira. O valor seria pago por meio de uma "vaquinha" de operadores portuários e não diretamente pela Appa. A Aquaplan foi contratada para fazer um estudo ambiental dentro do termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado pelo porto junto ao Ibama para conseguir a licença de operação.

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