Ministro Silvio Almeida discursa no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.| Foto: Violaine Martin /ONU
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O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, discursou nesta segunda-feira (27) na 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça. Em sua primeira agenda internacional, ele disse que pretende "recolocar o Brasil de volta ao protagonismo da agenda de direitos humanos na ONU e reconquistar uma cadeira para o país no órgão para o mandato de 2024 a 2026".

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Ao abrir o discurso, o ministro criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro na área dos Direitos Humanos. Segundo ele, a gestão anterior deixou um “quadro escandaloso de desmonte, negligência e crueldade”. Ele destacou a crise nas aldeias indígenas do povo Yanomami e disse que o governo de Lula está empenhado em "construir uma política de direitos humanos com ampla participação popular”.

Almeida também mencionou os assassinatos de Marielle Franco, Bruno Pereira e Dom Phillips. "Lutaremos para que os brutais assassinatos não fiquem impunes, assim como os de tantos outros defensores dos direitos humanos”, disse.

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O ministro também afirmou que pretende atuar pelas mulheres, “respeitando seus direitos sexuais e reprodutivos restabelecidos no Brasil, e o SUS voltará a acolher de maneira adequada e humana as mulheres vítimas de violência”. A mensagem reforça a pauta abortista que o atual governo vem tentando implantar, com diversas declarações de ministros a favor do aborto.

Em relação a "discursos de ódio", ele declarou que vai lutar contra discursos de racismo, xenofobia, sexismo e LGBTfobia, e fez críticas ao que chamou de extrema-direita.

Na quarta-feira (22), Silvio Almeida anunciou a criação de um grupo de trabalho dentro da pasta de Direitos Humanos com o objetivo alegado de combater “o discurso de ódio e o extremismo”. A equipe, que será comandada pela ex-deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) e terá a participação do youtuber Felipe Neto, reúne uma série de "inimigos declarados" de Bolsonaro e não traz membros com visão ideológica que divirja do governo petista.

A sessão da ONU vai até sexta-feira (3/3) em Genebra. No evento, o ministro terá encontros com chefes da delegação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com a chanceler do Chile, Antonia Urrejola Noguera, e com representantes de ONGs.