Simepar prevê mais chuva para janeiro em Curitiba e no Norte Pioneiro

Os estragos causados pelas fortes chuvas dos últimos três dias em Curitiba e no município de São José da Boa Vista (Norte Pioneiro) podem continuar, se depender do que ainda deve chover durante todo o mês de janeiro no estado. A quantidade de chuva que caiu até agora ainda é insignificante perto da média histórica registrada pelo Instituto Meteorológico Simepar. Na capital, por exemplo, para se chegar próximo à média mensal mínima, que é de 170 milímetros, a chuva teria de ser diária e com uma intensidade igual à registrada até o fim da tarde de ontem.

Mesmo considerada moderada pelo Simepar, a chuva que durou duas horas ontem (o volume registrado entre as 15 e 17 horas foi de 6 milímetros) foi suficiente para causar alagamentos em alguns pontos de Curitiba e da região metropolitana. No bairro Água Verde, a Rua Almirante Gonçalves ficou alagada. No Jardim Esmeralda, em Colombo, a pedagoga Gilmara Gouveia da Silva, 24 anos, foi surpreendida ao chegar do trabalho e encontrar a sua casa tomada pela água, que atingia aproximadamente meio metro de altura – outros seis vizinhos seus que moram na Rua Rio Tocantins tiveram o mesmo prejuízo. Em seis meses, esta é a terceira vez que ocorre alagamento no local. "Já pedimos a limpeza dos bueiros para a prefeitura, mas até agora ninguém tomou providência", disse. A reportagem tentou entrar em contato com a prefeitura de Colombo, mas ninguém foi encontrado.

Já em São José de Boa Vista, a quantidade de chuva que caiu no último domingo pode ter sido maior. Embora não exista estação meteorológica do Simepar na região do Norte Pioneiro, o instituto forneceu os dados da estação de Londrina. Só no primeiro dia do ano o volume registrado foi de 40 milímetros, 27% da média mínima prevista para aquela região. Para os próximos dias, a previsão é de mais chuvas deste tipo na capital, região metropolitana e no litoral em todos os fins de tarde, principalmente nos dias de temperaturas mais quentes.