Ailton Clemente: reaprendendo| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

Ailton Clemente, 38 anos, trabalhava como segurança em 1997. Naquele ano, dirigindo numa noite pela Rua Guararapes, no bairro Vila Izabel, em Curitiba, dormiu ao volante e acabou batendo o carro. Um amigo que estava no banco do carona morreu. Ailton perdeu os movimentos das pernas.

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Hoje, aposentado devido às seqüelas do acidente, Ailton anda em uma cadeira de rodas. Mesmo assim, em 2000, resolveu que deveria voltar a dirigir e iniciou as aulas numa alto-escola. Na garagem da sua casa, no bairro Uberaba, está estacionado um Opala adaptado para ser controlado com as mãos.

Ailton conta que sofreu no começo para saber lidar com freio, acelerador e direção – todos comandados pelas mãos. "Tive que me adaptar. É como aprender a dirigir de novo", lembra. Foi pensando em diminuir as dificuldades enfrentadas pelos deficientes físicos como Ailton na hora de tirar a Carteira Nacional de Habilitação, que os Detrans de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba implantaram Centros de Mobilidades, que auxiliam na avaliação da capacidade psicomotora do condutor.

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Os testes feitos no Centro de Mobilidade, por meio de simuladores, analisam as habilidades dos deficientes físicos e permitem adaptações apropriadas para cada tipo de necessidade. "A intenção é dar ou recuperar a habilidade do portador de deficiência", explica a coordenadora de habilitação do Detran de Curitiba, Maria Aparecida Farias.

O simulador pode medir a força residual da pessoa nos membros, aferir a capacidade de reação física e mental aos estímulos visuais e sonoros. A máquina avalia com precisão o uso do volante e a força empregada no acelerador e freio dispensada pelo condutor. "O tempo de reação, a visibilidade e a coordenação motora também são avaliados", diz Maria Aparecida.

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Serviço

Informações sobre agendamento de testes no Detran podem ser adquiridas pelo telefone 3361-1212.

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