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Para o cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ricardo Oliveira, se o enfraquecimento do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, se concretizar, será um sinal claro do compromisso do atual governo com a impunidade no estado. "Sinaliza que o combate à corrupção não é prioridade", afirma Oliveira. O cientista político lembra que o Gaeco se notabilizou pelas investigações de combate à corrupção no estado. "Ao invés de aprofundar as ações, vão desmobilizar uma agência operacional", ressalta. O cientista político diz ainda que a população espera que o governo justamente combata a corrupção. "Há desinteresse em investigar irregularidades", arremata.

Para o sociólogo Adriano Codato, também da UFPR, o efeito da saída dos policiais do Gaeco pode ser a desorganização do combate à corrupção. Ele avalia que determinar a volta de todos os servidores públicos a seus postos de origem tem conotação política: o atual governo estaria eliminando cargos ocupados por indicações do governo anterior. "Dá muito mais ganho político se tiver dois guardas na esquina do Batel do que alguém combatendo a corrupção", afirma.

Além de investigar um esquema de desvio de verba pública dentro da Assembleia Legislativa do Paraná, o Gaeco também desencadeou as Operações Maresia I e II, que prenderam 35 pessoas no litoral do Paraná e em Curitiba, entre outras.

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