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A evolução | Reprodução/G1
A evolução| Foto: Reprodução/G1

A falta de uma sinalização mais eficiente nas obras de construção da trincheira na via-rápida do Portão e da ligação viária entre os terminais de ônibus do Hauer e Capão da Imbuia, no Jardim das Américas, é apontada por moradores e comerciantes como a principal causa dos acidentes que vêm sendo registrados no local.

Números do Batalhão da Polícia de Trânsito (BPTran) mostram que, nos dois primeiros meses do ano, a Avenida Presidente Kennedy, que está interditada no cruzamento com a via-rápida do Portão, por exemplo, registrou uma média de 19 acidentes por mês. Em todo o ano passado, foram 39 ocorrências, resultando numa média de 3,4 acidentes por mês.

O gerente de uma loja de móveis de escritório na Kennedy, Altevir Oliveira, 36 anos, comenta que as placas são muito confusas. Ele lembra que na última sexta-feira um carro entrou no buraco da trincheira para não colidir com outro carro que o empurrou no desvio da via-rápida, que vai se estreitando.

Segundo o comandante do BPTran, tenente-coronel Ozires Cunha, o número de acidentes é expressivo para o início do ano. "Mas não associo esse saldo com o problema de sinalização, especificamente, mas sim com a falta de atenção do motorista que não está acostumado com as alterações", afirma. Ele acredita ainda que por ser uma região que teve um aumento significativo no fluxo de carros, ela fica, naturalmente, mais suscetível às ocorrências. "Cabe ao motorista respeitar as leis de trânsito e manter a calma. Não tem como fazer obras sem transtornos", lembra.

Falha

Ricardo de Castro, 31 anos, proprietário de uma clínica veterinária no Jardim das Américas, comenta que desde outubro de 2006, quando iniciaram as obras no local, os moradores têm presenciado diversos acidentes. "Quinze dias atrás, um carro e uma moto bateram de frente na entrada da Rua Frei Rogério. Sem sinalização, ninguém sabe para onde tem que ir", lembra.

A confusão maior, segundo o dono da clínica, é para quem vem da Avenida Nossa Senhora de Lourdes e entra na Rua Frei Rogério. "Para quem vem de lá, não é possível saber se pode entrar na rua ou não, e nem por que existe o contorno na Rua Rodolfo Senff", diz, apontando esse como um dos principais responsáveis pelos acidentes.

O técnico em segurança da Redran Construtora de Obras, responsável pelas obras na região, Carlos Kuzer, foi até o local e constatou que há falhas de sinalização. "Até amanhã (hoje) a empresa irá colocar as placas necessárias para alertar os motoristas quanto ao sentido correto", afirma.

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