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Transporte público

Sindicalistas fecham 15 terminais de ônibus em São Paulo

Subiu para 15 o número de terminais de ônibus fechados por manifestantes na capital paulista nesta quarta-feira (10). Motoristas e cobradores, que fazem parte da chapa de oposição à atual gestão do Sindicato da categoria em São Paulo, bloqueiam os terminais em uma reivindicação por mais transparência na eleição para presidência da entidade, que acontece na quinta-feira (11).

A paralisação dos terminais Cachoeirinha, Capelinha, Campo Limpo Casa Verde, Grajaú, João Dias, Lapa, Metrô Santa Cruz, Mercado e Sacomã (do Expresso Oriente), Parque D. Pedro, Pirituba, Princesa Isabel, Santo Amaro e Vila Prudente estava prevista para terminar às 12 horas, segundo a Polícia Militar.

Apenas no terminal Parque D. Pedro os manifestantes atrapalham o trânsito, ocupando a Avenida do Estado, informou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Só uma faixa da via está liberada para a passagem de veículos, o que provoca lentidão na região. Cerca de 400 das 1.300 linhas de ônibus da cidade foram afetadas pelo protesto. Segundo a SPTrans, ao menos 1,6 milhão de usuários foram prejudicados.

Disputa

O principal articulador da chapa de oposição na eleição do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus é Edivaldo Santiago, de 65 anos, que liderou a maior greve de ônibus da história de São Paulo.

Ele era presidente do sindicato em 1992, quando os veículos ainda eram da CMTC (empresa municipal) e ficaram nove dias parados.

"Nenhum partido nos representa. Somos contra essa atual administração do sindicato, que é conivente com os patrões e se vende para a prefeitura", disse Santiago ao participar dos atos ontem. Ele é candidato a vice-presidente na chapa da oposição.

Santiago é criticado por opositores por não ter endurecido na gestão Maluf, quando a CMTC foi extinta.

Voltou ao sindicato em 2000. Ele e outros 18 integrantes da diretoria foram presos em 2003 sob a acusação de crimes como enriquecimento ilícito e formação de quadrilha - negada por eles.

Entre os presos também estava o atual presidente, Isao Hosogi, o Jorginho, e o diretor financeiro, José Valdevan de Jesus, o Valdevan Noventa.

Libertado, Jorginho assumiu no ano seguinte por influência de Santiago, a quem chamava de "padrinho".

Mas disputas acabaram com a aliança de décadas.

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