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Sindicato paulista contrário à volta às aulas presenciais reabre clube de férias
Colônia de férias da Afuse, localizada no litoral paulista, foi reaberta em novembro| Foto: Reprodução

O Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo (Afuse), entidade vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), decidiu reabrir sua colônia de férias ainda neste ano, mesmo tendo posicionamento contrário à reabertura das escolas. A Afuse considera que não retornar às atividades presenciais em 2020 significa preservar a vida dos profissionais de educação.

De acordo com informações disponíveis no site do sindicato, a colônia de férias – que possui piscinas, salas de jogos, campo de futebol, áreas de recreação para crianças e dezenas de apartamentos – retornou o funcionamento no dia 20 de novembro, emendando o feriado do Dia da Consciência Negra com o fim de semana que se seguiu ao feriado. Ainda no mês de novembro, a entidade abriu inscrições para a alta temporada. Os quase 22 mil associados poderão utilizar a estrutura novamente a partir do dia 22 de dezembro.

Em uma mensagem veiculada no site da entidade, entretanto, o sindicato recorre a frases como “Nossa luta é pela vida”, “Não ao retorno às aulas presenciais em 2020”, “Não retornar agora é preservar” e “A Afuse valoriza a vida” para se posicionar de forma contrária à volta às aulas presenciais neste ano.

Questionado pela reportagem a respeito da uma possível incoerência entre o discurso e a prática, o presidente da Afuse, João Marcos de Lima, reforçou que o sindicato é contrário ao retorno às atividades presenciais porque as escolas não tem condições de receber alunos e declarou que, pessoalmente, é contrário à reabertura da colônia de férias, mas revelou que a decisão se deu por uma demanda dos associados.

“A categoria queria a colônia aberta e nós estamos seguindo os protocolos da prefeitura de Peruíbe [município localizado no litoral sul paulista, onde a colônia de férias está localizada], as exigências sanitárias, lotação reduzida, horário reduzido, salão de jogos fechado, restaurante com menos acomodações, etc.”, afirma Lima.

Em resposta à reportagem da Gazeta do Povo, Heleno Araújo, presidente da CNTE, informou que “a Afuse tem autonomia sobre o funcionamento das suas instalações. Já a orientação da CNTE é a solidariedade para salvar vidas”. Procurada, a CUT não retornou o contato até o fechamento desta matéria.

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