Sindicato denuncia falta de higiene na Central de Abastecimento em Curitiba

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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) denunciou nesta quarta-feira (23) a existência de infestação de ratos e pombos na Central de Abastecimento da Prefeitura, no bairro Capão da Imbuia. O local concentra os alimentos que são destinados aos 32 Armazéns da Família da capital. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Abastecimento (SMA) negou a infestação e disse que realiza trabalhos diários e ininterruptos de controle e combate a pragas no imóvel.

Segundo informações do Sismuc, há fezes de pombos e ratos por vários pontos da Central. A entidade informou ainda que alguns buracos na parede facilitam a circulação dos roedores, que estariam sendo combatidos com ratoeiras espalhadas pelo lado de fora do imóvel. Além disso, o sindicato destacou que trabalhadores enfrentam situações de risco à saúde, e que há banheiros desativados na edificação, inaugurada em 2011.

O sindicato também divulgou fotos que mostram o que seriam os problemas detectados por funcionários e membros da direção do órgão. As imagens são do dia 3 e 23 de julho.

O coordenador do Sismuc, Arno Emilio Gerstenberger Junior, declarou que, neste caso, a maior preocupação é com a qualidade do alimento que passa pela Central. "Os riscos de as pessoas contraírem uma doença sem saber é enorme", afirmou Junior em matéria publicada no site do sindicato.

O Sismuc encaminhou um ofício à prefeitura na terça-feira da semana passada (15 de julho) solicitando um encontro com membros da SMA para tentar resolver o caso. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, os representantes da entidade debaterão o caso durante audiência pública para discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015 que acontece nesta quarta, no bairro Boa Vista.

Outro lado

A Secretaria Municipal de Abastecimento não negou que existam ratos e pombos na Central de Abastecimento da Prefeitura, mas afirmou que não há infestação grave de praga urbana em nenhuma unidade do Armazém da Família, inclusive na Central. "Não existe ambiente livre de pragas, existe ambiente controlado, que é uma condição adequada", afirmou o superintendente da Secretaria do Abastecimento, Marcelo Munaretto.

A secretaria refutou a informação de que os problemas estariam colocando em risco a qualidade de alimentos. Isso porque, segundo o órgão, o controle de pragas e a higienização do local são realizados constantemente e seguem padrões estabelecidos. A secretaria disse ainda, que além de suas próprias embalagens, os alimentos são isolados com uma segunda camada de plástico, o que evita qualquer contaminação. Sobre a disposição dos produtos, a SMA respondeu que nenhuma das embalagens fica em contato direto com o piso do imóvel. Todas são apoiadas em pallets forrados com papelão.

Conforme divulgado pela assessoria de imprensa da pasta, recentemente, o trabalho de controle de pragas foi ampliado e intensificado com mudança na metodologia de trabalho. "O trabalho de Controle Integrado de Pragas Urbanas está sendo realizado por empresa registrada e especializada no serviço prestado. Inclui a implantação de barreiras físicas, controle e adequação de operações (higienização de ambientes, transporte e movimentação de cargas internamente e externamente), instalação de barreiras químicas quando necessário e capacitação de pessoal", esclareceu em nota.

Quantos aos banheiros interditados no local, a SMA disse que se trata de mictórios, interditados por causa de problemas hidráulicos. O conserto deles depende de processo de licitação, por isso que ainda não foram arrumados. Mesmo assim, a secretaria disse que há banheiros suficientes para todos os funcionários do local.