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Policiais civis feridos em serviço estão há pelo menos quatro meses sem receber o repasse do governo do Paraná destinado aos custos com o tratamento. A denúncia é do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Paraná (Sipol).

"São pessoas que precisam de enfermeiros em casa, muitos remédios. É um abandono muito grande", relata Ezequiel de Camargo Ventura, diretor do Sipol.

Segundo Esther da Silva Moura, esposa do policial Gerson Ricardo Rocha, ferido a bala há 11 anos, quando ficou tetraplégico, o valor não é repassado há quatro meses e o montante já chega a R$ 53 mil. "Nós levamos as notas com os gastos com farmácia, médicos e home care (cuidados em casa) e faz quatro meses que esse dinheiro não é repassado", explica. Esther afirma conhecer outros três policiais que passam pelo mesmo problema.

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública confirma que há atraso no repasse, porém, afirma que ainda não foi feito o pagamento nos meses de novembro e dezembro de 2013 e também o de janeiro de 2014.

Segundo a Sesp, o repasse dos meses citados já foi autorizado e o pagamento deve ser regularizado na próxima semana, com a abertura do Orçamento de 2014.

Atendimento médico

De acordo com a família, Rocha está com uma infecção decorrente do ferimento e ficou três dias sem atendimento no Hospital Cruz Vermelha. "É um descaso muito grande o que estão fazendo, ele ficou dois dias inteiros no corredor sem nenhum atendimento. Hoje (quinta-feira, 13) que levaram ele para quarto, mas ainda sem ser atendido", reclama Esther.

Segundo a Secretaria de Estado da Administração e da Previdência, o policial foi atendido na terça-feira (11). A secretaria, por meio de nota oficial, explicou qual é situação do paciente no Hospital Cruz Vermelha. Confira a nota na íntegra:

"No dia 11 de fevereiro, às 23h34, o paciente Gerson Ricardo Rocha foi atendido no Pronto Atendimento do Hospital Cruz Vermelha pela equipe de Clínica Médica, que solicitou parecer da Cirurgia Geral e exames complementares. No mesmo dia, às 23h51, Rocha foi atendido pela equipe de Cirurgia Geral. O diagnóstico e a conduta foram traçadas: internação e antibioticoterapia venosa. O paciente permaneceu internado em acomodação tipo box individual até as 16 horas do dia 12 de fevereiro, recebendo os cuidados assistenciais e o tratamento prescrito pelos médicos, por falta de leito de enfermaria no hospital. No dia 13 de fevereiro, já em leito de enfermaria, o paciente recebeu a visita do médico assistente para dar continuidade ao tratamento", diz a nota.

Ainda de acordo com a Seap, a diretoria do hospital solicitou que o Serviço Social da Cruz Vermelha se reúna com a família do policial para tratar da questão.

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