Para o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sin­darspen), a prisão dos dois agentes é uma "resposta política" da Secretaria de Estado da Segu­rança Pública à rebelião na Pe­­nitenciária Central do Estado (PCE). O vice-presidente do Sin­darspen, José Roberto Neves, afirmou ontem que a categoria está sendo feita de "bode expiatório" pelo governo do estado.

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"A Secretaria acionou seus meios e focou sua investigação nos agentes, quando a principal causa para a rebelião foi a saída da Polícia Militar de lá", diz. O sindicalista acredita que os dois agentes devem ser beneficiados com um habeas corpus. "Se eles fizeram a transferência dos presos de uma galeria para outra, o diretor da penitenciária sabia. E o chefe da segurança e os diretores das penitenciárias são indicados pelo governador."

De acordo com Neves, a categoria vai pedir auxílio do Minis­tério Público e do Ministério da Justiça. "Nós, agentes, queremos mais que ninguém que o problema da PCE seja exposto. Por isso queremos uma investigação parcial. Quem tem o laudo estrutural da PCE? Por que o projeto de novas celas da PCE não saiu do papel? Por que não se fala que o próprio secretário de Justiça foi contra a saída dos policiais militares?", pergunta.

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