| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Sindimoc, sindicato que representa motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, informou que foi notificado da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de multar a organização e o Setransp, sindicato patronal, em R$ 100 mil por hora se a determinação da frota mínima for descumprida.

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TEMPO REAL: Greve em Curitiba: acompanhe a paralisação dos ônibus e outros serviços

A assessoria de imprensa da entidade sindical informou que foi oficializado por volta das 14h40. Mas, até as 16h25, ainda não havia nenhum ônibus circulando em Curitiba.

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Com a notificação, o Sindimoc informou que já está chamando os trabalhadores para que 40% dos ônibus voltem a operar em horários normais e 50% nos horários de pico. O período em que metade da frota deve estar nas ruas vai das 5h às 9 horas e das 17h às 20 horas. De acordo com o Sindicato, a escala dos trabalhadores já está sendo feita pelos diretores sindicais. A qualquer momento, a frota mínima exigida pela Justiça deve voltar a operar, segundo a organização.

O Setransp informou que aguarda a presença de trabalhadores nas garagens para que a medida seja cumprida. Ainda de acordo com o sindicato patronal, as empresas mantiveram 100% da frota disponível nesta quarta, ou seja, nas garagens e aguardando funcionários para sair às ruas.

Segundo a Urbs, um monitoramento está sendo feito para verificar o cumprimento da decisão. Até as 16h25, nenhum veículo tinha saído das garagens das empresas. A expectativa é de que, até o início do horário de pico, o número mínimo de veículos comece a circular.

Greve continua com frota mínima

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus deve continuar nesta quinta-feira (16) e segue até que os trabalhadores e as empresas que operam o sistema de transporte coletivo cheguem a um acordo em relação ao reajuste salarial. Segundo o Sindimoc, como já foram notificados na decisão da Justiça, a paralisação segue com a frota mínima nesta quinta.

Motoristas e cobradores pedem reajuste de 15% sobre o piso salarial e elevação do vale-alimentação de R$ 500 para R$ 977. A oferta do Setransp é de repor tanto o salário como o vale-alimentação de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que representaria 5,43% de reajuste.

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Desde que a greve começou nesta quarta-feira, a Urbs cadastrou 800 veículos particulares para fazer transportes de passageiros, cobrando o preço máximo de R$ 6 por pessoa. De acordo com a prefeitura, uma vez que a frota mínima volte a operar, os veículos não estarão mais autorizados a fazer este transporte.