O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi (Simtetaxis), Antônio Matias, informou nesta terça-feira (11), por meio de nota, que já identificou os taxistas envolvidos na emboscada e sequestro de um motorista do aplicativo Uber, na madrugada de sábado (8). “As denúncias serão feitas ao Departamento de Transporte Público (DTP), de modo que os envolvidos sejam devidamente punidos”, afirmou o comunicado. As informações são da Agência Brasil.
Apesar de condenar a ação dos taxistas, Matias deixou claro o posicionamento contra o aplicativo. “Estamos fazendo campanhas contra qualquer violência, pois a Justiça é que deve resolver e punir essa ilegalidade do aplicativo Uber.”
Representantes do DTP, da Secretaria Municipal de Transportes, informaram que acompanham o caso e que solicitaram informações para a investigação. Em nota, explicaram que uma comissão analisa casos de cassação de alvarás. Acrescentaram que, a partir do resultado da apuração, serão tomadas as medidas cabíveis.
De acordo com o DTP, desde agosto de 2014, foram apreendidos 49 veículos do Uber transportando passageiros. O aplicativo não é regulamentado na cidade.
Na madrugada de sábado, um motorista do aplicativo Uber foi atacado e sequestrado em uma emboscada de taxistas na capital paulista. Segundo o boletim de ocorrência, o homem de 22 anos foi chamado pelo aplicativo, que oferece serviço de transporte remunerado, para uma corrida no Itaim Bibi, zona oeste. Chegando ao local, ele foi cercado e teve o carro apedrejado. A vítima ainda tentou correr, mas foi colocada dentro de um táxi sob a mira de uma arma.
Após circularem com ele por cerca de meia-hora, foi deixado na Rua Funchal, há cerca de 2 quilômetros do local da agressão. O crime foi registrado no 14º Distrito Policial.
Ontem (10) à noite, o uso do Uber foi debatido em sessão tumultuada na Câmara Municipal. Houve vaias e discussões durante os discursos. Para o Simtetaxis, o aplicativo é ilegal, mas dirigentes do Uber entendem que não há restrições legais para esse modelo de transporte. O Ministério Público propõe licitações para alvarás de táxis e para o uso do aplicativo.