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A capital paulista deve enfrentar uma paralisação do serviço de ônibus na quarta-feira, 05. A informação é do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano (Sindmotoristas), que quer promover a medida como meio de protestar contra a violência no sistema de coletivos e a morte de um condutor duas semanas atrás, na zona norte.

De acordo com a entidade, a paralisação está prevista para acontecer das 10h às 14h de quarta-feira, ou seja, fora dos horários de pico da manhã e da tarde. "É para evitar prejudicar a população de um modo geral", afirmou à reportagem o assessor da presidência do sindicato, Romualdo Santos.

Ainda segundo o sindicato, o movimento pode começar até um pouco mais cedo nos terminais de ônibus, com coletivos deixando de sair por volta das 9h30. "A normalização total está prevista lá pelas 16h", disse Santos.

Por volta das 11h, um ato está previsto para ocorrer nas imediações do Terminal Parque Dom Pedro 2.º, no centro, no qual deverá comparecer o presidente do Sindmotoristas, Valdevan Noventa. A reportagem não conseguiu estabelecer contato telefônico com Noventa.

A intenção, conforme Santos, é parar todos os terminais da capital, mas os detalhes devem ser informados por Noventa em uma apresentação nesta terça-feira, 04.

A assessoria de imprensa da São Paulo Transporte (SPTrans) disse que a empresa, que gerencia o sistema municipal de ônibus na cidade, não havia sido informada da paralisação até esta tarde. O Sindmotoristas congrega 36 mil profissionais que trabalham no sistema de transportes sobre pneus da capital paulista.

Morte

A mobilização tem como objetivo protestar pela morte do motorista John Carlos Soares Brandão, que teve o corpo queimado por bandidos enquanto trabalhava em uma linha da Viação Santa Brígida em outubro, no Jaraguá, na zona norte. O condutor ficou alguns dias internado no Hospital Estadual de São Mateus, na zona leste, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu na semana passada.

Há alguns dias, o sindicato já havia promovido uma passeata pelo centro da capital, cobrando justiça e maior proteção dos profissionais que trabalham no setor. A manifestação saiu da sede da entidade, na Liberdade, e passou pelas secretarias municipal dos Transportes e estadual da Segurança Pública.

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